O cofre das vendas das operadoras de telecomunicações em Portugal está a engordar. No primeiro semestre deste ano, as receitas de serviços em pacote (sem IVA) aumentaram 9,1%, em termos homólogos, para 1.096 milhões de euros, o que representa cerca de metade do total das receitas retalhistas, que englobam serviços fixos e móveis e ofertas em pacote, e também cresceram (5%).
Há quatro trimestres consecutivos que se regista um crescimento anual em torno dos 9%, o que não acontecia desde 2016, de acordo com o mais recente relatório da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). A receita média mensal por subscritor de pacote foi de 38,99 euros, mais 6,5% do que na primeira metade do ano passado.
O segundo trimestre terminou com uma subida no número de subscritores de pacotes de serviços de 107 mil (ou 2,3%) para 4,7 milhões devido às ofertas 4/5P (+6,3%). Aliás, entre janeiro e junho de 2024, as receitas de ofertas 4/5P – quatro a cinco serviços – representaram a maioria (68,4%) do total das receitas em pacote ou mais de um terço (36,8%) das receitas retalhistas.
As ofertas 4/5P foram as mais utilizadas, contando com 2,7 milhões de subscritores (57% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P, com 1,6 milhões de subscritores (34,5%). Por outro lado, as ofertas 3P tiveram a maior queda anual desde 2015 (-3,5%).
“O segmento residencial representava 86,8% dos subscritores de ofertas em pacote, sendo a maior parte dessas ofertas pacotes 4/5P (59,4%). O segmento não residencial, que representava 13,2% do total, registou um peso de ofertas 2P de 23,2%, significativamente superior à verificada no segmento residencial (6,3%)”, informou a Anacom na sexta-feira.
Em relação às marcas, a 30 de junho de 2024, a MEO era o prestador com maior quota de subscritores de serviços em pacote (41,7%), seguindo-se o grupo NOS (35,0%), a Vodafone (20,6%) e a Nowo (2,6%), que entretanto está em processo de aquisição pela romena Digi. Face ao trimestre homólogo, a MEO e a Vodafone aumentaram a quota de subscritores (apenas +0,4 pontos percentuais e +0,1 pontos percentuais, respetivamente), enquanto as quotas da NOS (-0,4 pontos percentuais) e da Nowo (-0,2 pontos percentuais) caíram.
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