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Redes Sociais: Censura e autorregulação

A decisão de suspender ou banir Donald Trump das redes sociais trouxe uma nova realidade que está longe de ser consensual. Muitos governantes e académicos lembram que a liberdade de expressão é um direito, mas a estreita linha que separa o discurso de ódio e a desinformação, e o poder das ‘grandes tecnológicas’, geram novos desafios à democracia.
16 Janeiro 2021, 21h00

Foram muitas as críticas de líderes mundiais à decisão tomada pelo Twitter de banir a conta do ainda presidente norte-americano Donald Trump. A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Emmanuel Macron disseram ser “problemática” e “chocante” a medida da rede social, sublinhando que “direitos como a liberdade de expressão podem sofrer interferências, mas através da lei e dentro da estrutura definida pelo poder legislativo, e não de acordo com decisão corporativa”.

As críticas foram mais longe, com membros dos governos de ambos os países a considerarem que estamos perante uma “oligarquia digital” e que as grandes tecnológicas são “uma das maiores ameaças à democracia”.

Enquanto empresa privada, o Twitter diz ser claro em relação aos conteúdos que permite através dos seus termos de serviço. Ainda assim, a monitorização de publicações é quase uma tarefa hercúlea em que a eficácia fica aquém do proposto, uma vez que centenas de milhões de pessoas utilizam diariamente a rede social. Adicionalmente, não foi a primeira vez que Donald Trump violou os termos de serviço da plataforma, o que dá a ideia de um aproveitamento por parte das redes sociais da posição frágil em que este foi colocado depois de os seus apoiantes invadirem o Capitólio.

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