[weglot_switcher]

Redução de salários e de equipas. Dirigentes propõem medidas para salvar o futebol francês

Jean-Michel Aulas, dirigente máximo do clube de Lyon, propôs junto recentemente um corte de 25% dos salários dos jogadores da sua equipa e Jacques-Henri Eyraud, presidente do Marselha, fez um pedido para que seja reduzido o número de clubes da principal competição profissional do futebol francês.
18 Fevereiro 2021, 11h35

O futebol profissional de francês vive dias de indefinição com a disputa pelos direitos audiovisuais a deixar na incerteza os dirigentes desportivos da Ligue 1. Esta semana, os presidentes do Olympique de Lyon e Olympique de Marselha avançaram com um pacote de medidas que têm como objetivo a salvação do futebol em França.

Jean-Michel Aulas, dirigente máximo do clube de Lyon, propôs junto recentemente um corte de 25% dos salários dos jogadores da sua equipa e Jacques-Henri Eyraud, presidente do Marselha, fez um pedido para que seja reduzido o número de clubes da principal competição profissional do futebol francês.

No Lyon, foi atingido um acordo para reduzir salários face à quebra de receitas relacionada com a Covid-19. Após a divulgação dos resultados económicos do Lyon referentes ao primeiro semestre da temporada 2020/2021, Aulas reuniu com os seus jogadores para propor um corte de salários que representaria um corte de 50 mil euros por jogador.

Nesse período, o Olympique de Lyon registou perdas de 50,6 milhões de euros, uma quebra de 37% nas receitas em relação ao mesmo período da época, perdas causadas pela inexistência de receita de bilheteira e pelo conflito da Mediapro com a liga francesa.

A Mediapro comunicou à Liga Francesa de Futebol a sua disponibilidade para transmitir os jogos de futebol referentes a esta competição, reporta a France Presse, isto numa altura em que o campeonato se encontra envolvido numa situação delicada referente aos direitos televisivos dos jogos.

A empresa era a detentora de 80% dos direitos de transmissão dos encontros da principal liga profissional de futebol francesa até à época de 2023/24, mas renunciou aos mesmos depois de falhar no pagamento dos valores previstos no contrato com a Liga para outubro e novembro de 2020, que totalizavam 334 milhões de euros, esclarece o portal Palco23. O acordo valia 814 milhões de euros por quatro temporadas.

Agora, a empresa multimédia espanhola oferece-se para transmitir os jogos que estavam previstos até ao final da temporada, de forma a solucionar o problema que se criou para a Liga à volta desta questão, que ficara sem parceiros televisivos.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.