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“Regra dos seis”. Boris Johnson proíbe ajuntamentos com mais de seis pessoas em Inglaterra

O primeiro-ministro britânico explicou que esta é uma regra em “constante revisão”, que só será mantida “enquanto for necessário para todos”.
Boris Johnson
9 Setembro 2020, 17h53

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, apresentou esta quarta-feira as novas regras contra a propagação da Covid-19, anunciando a nova “regra dos seis”, proibindo ajuntamentos com mais de seis pessoas em Inglaterra. De acordo com Boris Johnson, que já esteve infetado, esta regra permite simplificar as medidas no território.

“Devo dizer que para derrotar o vírus, todos devemos reduzir minimizar o contacto com outras pessoas. É mais seguro o encontro à porta de casa, mantendo a distância de pessoas com quem não vivem, mesmo que sejam familiares e amigos”, disse o primeiro-ministro em conferência de imprensa.

Desta forma, a regra dos seis vai ser aplicada em Inglaterra a partir de segunda-feira, 14 de setembro, disse Johnson, acrescentando que quem desafie as novas regras está a “quebrar a lei”, podendo ser dispersado pelas autoridades, bem como multado e preso. “Isto aplica-se a qualquer local, seja interior ou exterior, em casa ou no pub“.

Por sua vez, o responsável do Governo britânico já tinha assumido no debate semanal que a multa podia variar entre as 100 libras (110 euros) e as 3.200 libras (3.500 euros).

“Esta proibição cancela a regra anterior, que permitia o convívio até 30 pessoas, bem como o encontro de duas famílias dentro de casa”, acrescentou. Ainda assim, existem exceções esclarecidas pelo primeiro-ministro, como uma família que conta com mais de seis pessoas na mesma habitação. “Os locais de adoração, ginásios e restaurantes podem receber mais de seis pessoas no total mas não devem haver grupos individuais com mais de seis elementos e não se devem misturar com os restantes”, apontou Boris Johnson, alertando para sérios riscos de saúde.

No entanto, os locais de trabalho e as escolas não são afetadas por esta nova regra e as já estabelecidas continuam a ser aplicadas. O desporto organizado, tomando como exemplo os jogos de futebol, têm autorização para continuar, e os casamentos e funerais continuam a ter um limite máximo de 30 convidados.

“Como verificámos anteriormente, esta regra dos seis vai ser difícil de aplicar em alguns casos, como na união de duas habitações que exceda um total de seis elementos. Peço desculpa por isso e não queria que fosse preciso tomar este passo mas como vosso primeiro-ministro tenho de fazer o que seja necessário para travar a propagação do vírus e salvar vidas”, disse Boris Johnson.

Ainda assim, o primeiro-ministro britânico explicou que esta é uma regra em “constante revisão”, que só será mantida “enquanto for necessário para todos”. Também o patrulhamento por parte das autoridades de saúde irá aumentar, de forma a certificar que a população cumpre as regras estabelecidas pelo Governo.

“No futuro, os locais de encontro social vão ser obrigados a pedir as informações das pessoas e a guardá-las por 21 dias, bem como entregá-los aos centros de testagem quando for pedido”, adiantou Johnson, explicando que esta é uma forma de rastrear os pontos de contactos e futuros surtos que possam surgir.

Também a entrada para viajantes irá sofrer algumas alterações. De acordo com Boris Johnson, o formulário atual de entrada no Reino Unido vai ser simplificado, e os funcionários têm de garantir que os mesmos são todos preenchidos antes da descolagem da aeronave.

Logo no início da sua intervenção, o primeiro-ministro relembrou a importância “do básico”, como lavar as mãos por 20 segundos, utilizar a máscara por cima da boca e do nariz e o facto de ser importante manter uma distância de dois metros de terceiros. Boris Johnson ainda apelou que quem tiver sintomas deve fazer um teste e isolar-se automaticamente. “Estamos a processar 1,2 milhões de testes por semana e 15,4 milhões de testes, mais testes do que toda a Europa. Estamos a aumentar a capacidade de testagem para corresponder à procura que estamos a ter”, disse o primeiro-ministro britânico.

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