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Regulador britânico trava compra da ARM pela Nvidia no valor de 34,1 mil milhões de euros

Encerrado em setembro de 2020, o acordo da empresa de tecnologia mais importante do Reino Unido, a Nvidia, para a compra da maior fabricante mundial de chips gráficos e de inteligência artificial gerou uma rápida reação, negativa, de políticos, rivais e clientes.
20 Agosto 2021, 18h10

A aquisição planeada de 40 mil milhões de dólares (34,1 mil milhões de euros) pela Nvidia à fabricante de chips britânica ARM atingiu um grande obstáculo esta sexta-feira depois do regulador do Reino Unido para a concorrência ter “descoberto” que o acordo poderia prejudicar e enfraquecer os rivais, acabando por exigir uma investigação mais longa até que autorize a operação, segundo a “Reuters”.

Encerrado em setembro de 2020, o acordo da empresa de tecnologia mais importante do Reino Unido, a Nvidia, para a compra da maior fabricante mundial de chips gráficos e de inteligência artificial gerou uma rápida reação, negativa, de políticos, rivais e clientes.

No Reino Unido, alguns críticos argumentaram que um aumento no “nacionalismo económico” e uma maior “consciência da necessidade de possuir uma infraestrutura chave” significa que a ARM, de propriedade da SoftBank, não deve ser vendida.

Esta sexta-feira, o regulador de concorrência do Reino Unido aumentou a pressão sobre o negócio, ao dizer que a entidade resultante da fusão poderia reduzir a concorrência em mercados ao redor do mundo e em sectores tão grandes como centros de dados, internet das coisas, automóvel e videojogos.

Para aprovar um acordo com sérias implicações de concorrência, o regulador normalmente exigiria a alienação da parte do negócio resultante da fusão que tem o poder de prejudicar os rivais. Mas as preocupações em torno de ARM e Nvidia abrangem todo o negócio.

O acordo também gerou alarme porque representa uma ameaça à inovação em sectores que constituem a espinha dorsal das economias modernas.

“Estamos preocupados que a Nvidia que controla a ARM possa criar problemas reais para os seus rivais, limitando o seu acesso às tecnologias-chave e, em última análise, sufocando a inovação numa série de mercados importantes e em crescimento”, disse Andrea Coscelli, chefe da Autoridade de Concorrência e Mercados britânica.

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