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Regulador dá luz verde a plano de investimento de 1,6 mil milhões da E-Redes

Este plano representa um disparo de 89% face ao nível de investimento médio anual dos 10 anos anteriores.
10 Abril 2025, 19h24

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos deu hoje luz verde ao plano de investimento de 1,6 mil milhões de euros da E-Redes entre 2026 e 2030.

O Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Distribuição (PDIRD-E 2024) representa uma subida de 89% do nível de investimento médio anual dos 10 anos anteriores. E um aumento de mais de 60% face ao investimento médio anual dos cinco anos anteriores.

O parecer não é vinculativo, mas será tido em conta quando o plano for avaliado pelo ministério do Ambiente e da Energia, que é quem tem a palavra final.

” No global, a ERSE considera adequada a proposta de PDIRD-E 2024 (…) tendo em vista a necessidade de o operador da Rede Nacional de Distribuição (RND) dar resposta aos desafios impostos às redes de distribuição, decorrentes da descarbonização e eletrificação da sociedade nos termos previstos no PNEC 2030″, pode-se ler no parecer hoje divulgado pela entidade liderada por Pedro Verdelho.

A E-Redes é liderada por José Ferrari Careto (na foto).

No entanto, a ERSE recomenda que, na proposta final de PDIRD-E 2024, a apresentar para aprovação do ministério do Ambiente e da Energia “seja realçado o nível em que se prevê recorrer a modelos dinâmicos e probabilísticos de gestão inteligente das redes, essenciais para se alcançar uma otimização em termos de integração de nova produção, consumo e armazenamento de energia elétrica, em linha com as metas inscritas no PNEC 2030. A ERSE recomenda, por isso, que o operador da RND apresente uma estimativa, para cada ano, da extensão da rede que prevê operar com base em parâmetros dinâmicos, sendo este um indicador essencial para efeitos do acesso às redes, mormente com restrições”.

O regulador destaca que o “nível de investimento provocará um aumento dos proveitos a recuperar pela tarifa de uso da rede distribuição, tanto em valor absoluto, como em termos unitários (por unidade de energia elétrica distribuída)”, isto é, vai ter de ser recuperado via tarifas de eletricidade.

Nas suas contas, a ERSE diz que “em termos de impactes tarifários, no cenário de procura ERSE Central, as tarifas de Uso das Redes de Distribuição em AT e MT observariam, em 2030 face a 2025, uma variação de +12,0%, o que representaria um aumento de 1,7% nas tarifas de Acesso às Redes e um acréscimo de 0,7% nos preços médios de referência de venda a Clientes finais”.

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