O regulador espanhol de mercado (CNMV) autorizou a oferta de aquisição pública (OPA) de Mikhail Fridman ao grupo de distribuição alimentar Dia por considerar que a cadeia de supermercados “está comprovadamente em sérias dificuldades financeiras”, revela o jornal espanhol “Expansión” esta terça-feira.
A CNMV determinou que o preço de 0,67 euros por ação que a Letterone oferece na sua OPA e que era considerado como um preço de saldo por grande parte dos investidores, é “justo”.
Pela primeira vez, a CNMV baseou-se no relatório de um especialista externo, cujo nome não foi divulgado, para determinar o valor justo do grupo Dia. O regulador baseia a sua posição de que a cadeia de distribuição alimentar “está comprovadamente em sérias dificuldades financeiras”.
A decisão da CNMV ocorre após Mikhail Fridman ter colocado de parte a intenção de obter a maioria do capital da cadeia de supermercados.
A LetterOne, que tem sede no Luxemburgo e detém 29% da empresa espanhola, considera que o grupo Dia se encontra, “de forma vísivel”, em “sérias dificuldades financeiras”. Já no final do mês passado a LetterOne tinha mudado as condições da sua OPA, ao baixar de 35,49% para 20,999% o requisito mínimo de aceitação do capital da oferta. Agora, quer eliminar completamente a condição de aceitação mínima.
A redução progressiva do limite de aceitação da oferta pública de aquisição tinha sido interpretada como uma última tentativa do milionário russo para levar a operação adiante a preços muito baixos devido ao sucesso limitado da oferta pública de aquisição. Outras fontes apontam que foi a própria CNMV que pediu à LetterOne para eliminar o requisito mínimo de aceitação para desbloquear toda esta situação.
A 5 de fevereiro, o fundo LetterOne anunciou que lançou uma OPA sobre 70,09% da cadeia de supermercados de Madrid. Segundo a empresa com sede em Luxemburgo, as ações estarão a 0,67 euros e a OPA terá como objetivo a saída da bolsa e valorizar a retalhista em cerca de 500 milhões de euros.
Além da oferta, o fundo controlado por Fridman planeia lançar o que denominou de ‘Plano de Resgate Integral’, com três fases, sendo que a primeira será o lançamento da própria oferta.
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