A taxa de desemprego no Reino Unido aumentou de 3,9% para 4,2% em fevereiro, acima do esperado pelos analistas (4%), de acordo com o “The Guardian”, que cita o gabinete estatístico britânico (ONS).
A contribuir para os números estão os efeitos do arrefecimento das taxas de juro mais elevadas e os consequentes despedimentos, numa altura em que os empregadores se encontram desencorajados a contratar pessoal, justificam analistas consultados pelo jornal britânico.
Contudo, o crescimento do salário base, sem considerar os bónus, foi mais forte do que o esperado, situando-se em 6% nos três meses até fevereiro. Apesar de se tratar de um abrandamento de 6,1% para 6%, situou-se acima dos 5,8% perspetivados por um grupo de economistas, de acordo com a “Reuters”. Quanto à remuneração total, ou seja, contemplando os bónus, esta manteve-se inalterada nos 5,6%.
“O ligeiro abrandamento do crescimento dos salários base trará algum conforto ao Banco de Inglaterra, que tem confiado nos dados salariais como um indicador-chave da pressão inflacionista interna”, explica Yael Selfin, economista-chefe da KPMG UK, citado pelo “The Guardian”, defendendo que o banco central estará otimista quanto a um corte nas taxas de juro no verão.
“Além disso, o aumento da taxa de desemprego dá uma imagem de um mercado de trabalho menos restritivo. O momento exato da primeira redução das taxas será um debate quente para o comité de política monetária nos próximos meses”, acrescenta a mesma especialista.
O próxima reunião de política monetária do Banco de Inglaterra, que decidiu manter as taxas de juro nos 5,25% em março, está agendada para 9 maio.
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