O mercado global de arte atingiu em 2018 o segundo maior valor dos últimos dez anos (2008-2018), arrecadando um valor anual de vendas na ordem dos 60 mil milhões de euros. Os Estados Unidos lideram a lista de compradores, seguindo-se o Reino Unido, cujo Brexit não parece fazer tremer o negócio dos coleccionadores. O país inglês transaccionou cerca de 12,4 mil milhões de euros em peças de arte, número que representa 21% do valor global. Os dados foram divulgadas esta sexta-feira pelo banco banco suíço UBS.
Já a China viu a sua posição cair 3%, ficando em terceiro lugar no ranking dos maiores compradores. Porém, a superpotência foi reveladora noutra categoria: enquanto nos EUA o perfil-base do coleccionador soma mais de 50 anos de idade, na China há cada vez mais jovens a querer agarrar uma peça de arte. Em Singapura, por exemplo, 46% das compras de arte foram feitas por millenials. Os novos dados reforçam o poder de compra crescente desta geração.
As feiras de arte e os leilões continuam a ser o método preferido dos colecionadores para adquirir obras de arte. Porém, o comércio online tem fidelizado compradores no último ano – em 2018, o mercado de arte online atingiu um recorde de 5,3 mil milhões de euros, um aumento de cerca de 11% face ao ano anterior. Apesar disso, e segundo o relatório, as transações digitais não parecem ultrapassar o limite de 44 mil euros por compra.
As descobertas anunciadas neste relatório cruzam-se com outro, levado a cabo pelo mesmo banco suíço e em parceria com a PwC, que demonstra que, apesar dos Estados Unidos ainda abrigar a maior concentração de riqueza do mundo, surgem cerca de três novos multimilionários por semana no continente asiático.
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