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Relatório recomenda reforço da capacidade para atrair médicos para o SNS

Criado no final de agosto por despacho da ministra da Saúde, o grupo de trabalho liderado pelo pneumologista Carlos Robalo Cordeiro está a avaliar, acompanhar e a monitorizar a execução do plano, que entrou em vigor a 29 de maio e é composto por cinco eixos prioritários que incluem 54 medidas para serem implementadas de forma urgente, prioritária e estrutural.
Manuel de Almeida/Lusa
27 Dezembro 2024, 18h36

Uma maior capacidade de recrutamento de médicos para o SNS é uma das recomendações do grupo de trabalho que está a avaliar o desempenho do Plano de Emergência e Transformação na Saúde e que entregou hoje o primeiro relatório.

Criado no final de agosto por despacho da ministra da Saúde, o grupo de trabalho liderado pelo pneumologista Carlos Robalo Cordeiro está a avaliar, acompanhar e a monitorizar a execução do plano, que entrou em vigor a 29 de maio e é composto por cinco eixos prioritários que incluem 54 medidas para serem implementadas de forma urgente, prioritária e estrutural.

Em declarações aos jornalistas após um encontro com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a quem entregou o primeiro relatório de avaliação, Carlos Robalo Cordeiro explicou que o grupo avaliou 15 medidas urgentes e 24 medidas prioritárias, até 20 de dezembro.

O pneumologista manifestou preocupação com a escassez de recursos humanos, nomeadamente de médicos em algumas especialidades em alguns pontos do país e com “alguns dos motivos porque isso acontece”, nomeadamente “alguma desvalorização das carreiras”, aspetos salariais, de condições de trabalho.

Nesse sentido, a recomendação do grupo de trabalho ao Governo é a necessidade de haver “uma maior capacidade de recrutamento de médicos para o Serviço Nacional de Saúde relativamente às condições de trabalho, à remuneração, à progressão na carreira e à atratividade da carreira médica”.

Também na área dos cuidados de saúde primários é preciso fazer esse reforço, disse, lembrando que relativamente a 2023 há mais 200 mil portugueses com médico de família, mas ainda há 1,5 milhões que não têm.

O grupo de trabalho defende também o reforço da articulação entre o setor público, social e privado, destacando a criação das USF Modelo C, que também concorre para que eventualmente haja mais atração de médicos de família, salientou.

“Há várias medidas que têm naturalmente que ser tomadas, mas, apesar de tudo, houve alguma contratação de mais médicos”, disse.

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