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Relógio do Juízo Final marca dois minutos para o apocalipse

Nos últimos anos, o ponteiro tem-se vindo a aproximar cada vez mais da meia-noite, metáfora para o aumento da probabilidade de acontecer uma catástrofe global.
10 Fevereiro 2019, 18h00

A hora do relógio do Juízo Final, um simbolismo que reflete como está a perigosidade do mundo, foi atualizado em Washington, nos Estados Unidos, no final do mês de janeiro. Ou seja, estamos a dois minutos da meia-noite, a hora que representa o apocalipse, exatamente a mesma posição em que os ponteiros estavam no ano passado.

Todos os anos, o relógio é atualizado pelo Boletim de Cientistas Atómicos. “Apesar de se manter inalterado desde 2018, este cenário deve ser tido não como um cenário de estabilidade, mas como um aviso para os líderes e cidadãos do mundo inteiro”, alertou a presidente do grupo, Rachel Bronson, durante a apresentação do relógio de 2019.

A justificar esta marcação dos ponteiros, os especialistas apresentam o colapso dos tratados de controlo de armas, a intenção dos EUA e da Rússia em modernizarem os respetivos arsenais de armas nucleares em vez de procurarem a desmantelação e ainda a falta de vontade política em combater as alterações climáticas.

Quem coloca os ponteiros no relógio anualmente é um grupo de cientistas da Universidade de Chicago. Autointitularam-se Boletim de Cientistas Atómicos e, em finais da década de 40, começaram com o relógio do “Juízo Final”, que inicialmente marcava 7 minutos para a meia-noite. “Somos como passageiros do Titanic a ignorar o icebergue à nossa frente, desfrutando da boa música e da boa comida”, afirmou Jerry Brown, antigo governador da Califórnia, nos Estados Unidos, agora Presidente do Conselho de Administração do Boletim, citado pelo “The Guardian”.

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