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Renault deve repatriar produção de automóveis, exige Governo gaulês

O Executivo gaulês prometeu à construtora francesa um empréstimo de 5 mil milhões de euros para fazer face às quebras nas vendas devido à pandemia da Covid-19, mas o ministro das Finanças francês realçou que o acordo ainda não estava assinado porque faltava aos responsáveis da Renault o assumir de alguns compromissos exigidos pelo Governo.
24 Maio 2020, 15h37

O Governo francês revelou através da ministra do Ambiente, Elisabeth Borne, este domingo, que a Renault deve deixar de produzir automóveis fora de território francês em troca de apoio estatal, de acordo com declarações reproduzidas na “Reuters”.

O Executivo gaulês prometeu à construtora francesa um empréstimo de 5 mil milhões de euros para fazer face às quebras nas vendas devido à pandemia da Covid-19, mas o ministro das Finanças francês realçou que o acordo ainda não estava assinado porque faltava aos responsáveis da Renault o assumir de alguns compromissos exigidos pelo Governo.

Questionada sobre os apoios do Governo francês à indústria automóvel gaulesa, Elisabeth Borne disse que o Estado está interessado em reforçar os subsídios para a aquisição de carros elétricos e irá disponibilizar incentivos para ajudar famílias com rendimentos insuficientes para trocar um carro antigo por um automóvel elétrico. No entanto, não foi disponibilizada informação relativamente ao timing e orçamento destes apoios.

A 14 de maio, o governo de França lançou um aviso às fabricantes automóveis: se quiserem receber apoios estatais têm de repatriar a produção dos seus veículos. Em entrevista à estação de rádio “BFM Business”, o ministro da Economia e Finanças francês defende que a “indústria automóvel francesa se tem deslocalizado demasiado e deverá recuar”. Na opinião de Bruno Le Maire, o repatriamento da produção deve ser “a contrapartida” dos auxílios que o Estado gaulês concede a estas empresas para superar a conjuntura de crise.

O Estado francês detém uma participação de 15% no grupo Renault, que pediu recentemente uma injeção de capital como empréstimo, na ordem dos 5 mil milhões de euros, para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus no negócio.

No final de abril, aquando da divulgação de resultados trimestrais da empresa, foi anunciada uma redução da estrutura de custos para compensar, por exemplo, a quebra de 19,2% na faturação em relação ao mesmo período de 2019.

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