A Renault propôs a criação de uma holding conjunta com a Nissan que dará uma igualdade à construtora francesa e ao parceiro japonês, de acordo com informações reveladas pela agência “Reuters”.
A proposta passa por ambas as construtoras terem o mesmo número de diretores, sendo que a nova companhia terá como presidente o líder da Renault, Jean-Dominique Senard, segundo indicou uma fonte próxima do processo que pediu para não ser identificada.
Esta proposta foi noticiada pela primeira vez na sexta-feira pelo diário de negócios “Nikkei”, que conta que a Renault espera colocar em breve um plano para a Nissan, segundo o qual as ações ordinárias das duas construtoras serão transferidas para a nova companhia de forma equilibrada.
Isso efetivamente diluiria a participação do governo francês da Renault em cerca de 7% a 8% dos atuais 15%. A empresa recém-criada estará sediada num terceiro país, que poderá ser Singapura, de acordo com o “Nikkei” e outros meios de comunicação japoneses.
A proposta surge após a construtora francesa ter abordado a Nissan com a ideia de uma fusão antes de uma reunião operacional no início deste mês, mas o CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, recusou-se a discutir a questão com Jean Dominique Senard, segundo a “Reuters”.
O jornal “Financial Times” informou posteriormente que a Nissan e o governo japonês recusaram entrar em negociações de fusão com a Renault e que Hiroto Saikawa recusou conversar com os banqueiros da SMBC Nikko, nomeados pela construtora francesa para negociarem acordo.
“Não tenho nada a dizer sobre isto. Não estamos em posição de discutir (questões de fusão)” afirmou Hiroto Saikawa à imprensa na sexta-feira.
As perspetivas para a aliança Renault-Nissan, uma das principais parceiras mundiais no fabrico de automóveis ficaram mais difíceis desde a prisão em novembro de Carlos Ghosn.
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