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Renda acessível: Câmara do Porto já disponibilizou 300 habitações no mercado

Das 300 habitações disponíveis, 188 surgem pela via do Porto com Sentido, ou seja, “são arrendadas ao município, que, por sua vez, as subarrenda a valores acessíveis.
Nick Karvounis/Unsplash
14 Maio 2024, 12h01

“Ciente da importância de criar soluções habitacionais que abranjam a classe média, o município do Porto criou, no final de 2020, o programa Porto com Sentido, com o propósito de captar fogos no mercado privado, para disponibilização, por via de subarrendamento, a valores acessíveis”. Até ao momento, já entraram neste mercado três centenas de casas, refere a autarquia em comunicado.

Volvidos cerca de três anos desde os primeiros passos do mercado de arrendamento acessível em território nacional, a aposta revela uma elevada procura, o que valida a necessidade de continuar a reforçar este mercado habitacional dedicado à classe média.

Das 300 habitações disponíveis, 188 surgem pela via do Porto com Sentido, ou seja, “são arrendadas ao município, que, por sua vez, as subarrenda a valores acessíveis; 81 são fogos que integram o património municipal e, em crescimento, encontra-se a resposta promovida no âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação – 1.º Direito (com apoio do Plano de Recuperação e Resiliência), com 32 residências a serem integradas na resposta autárquica”.

O comunicado refere também que a autarquia prevê ainda que, através desta ferramenta, e por via da reabilitação conduzida pela Porto Vivo, SRU, existam 21 novos fogos em 2024, 59 em 2025 e, no ano de conclusão do programa, 178, a maior fatia do triénio considerado (para além dos 300 já mencionados).

Considerando todos as habitações colocadas em mercado de renda acessível, “o valor médio pago pelos subarrendatários é de 428 euros, em contraposição com os 1.415 euros, que, de acordo com dados do Portal Imovirtual, respeitantes a 2023, são pagos no mercado livre”.

A autarquia do Porto tem-se mostrado especialmente sensível à questão da habitação – como prova o facto de o Governo ter escolhido a cidade para dar conta do seu novo projeto de combate à falta de habitações no mercado português. Rui Moreira, presidente da câmara do Porto, recebeu na passada semana o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas e Habitação. Miguel Pinto Luz disse na altura que as autarquias seriam um dos instrumentos usados pelo Governo para promover o plano – que tem como um dos seus outros esteios a criação de um novo quadro fiscal para os promotores de habitação que queiram suportar o plano do Governo.

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