Os bancos continuaram a apresentar uma melhoria da sua rendibilidade, solvabilidade e qualidade dos ativos no conjunto do ano passado, de acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.
“Em 2024, a rendibilidade do ativo (ROA) e a do capital próprio (ROE) aumentaram face a 2023, para 1,38% (+0,10 pontos percentuais) e 15,2% (+0,33 pontos percentuais), respetivamente”, afirma o regulador, explicando que a “evolução do ROA refletiu essencialmente a redução de provisões e imparidades”. Em sentido contrário, “destacou-se o efeito dos custos operacionais e dos resultados de operações financeiras”.
Neste período, o custo do risco de crédito diminuiu 0,33 pontos percentuais face a 2023, para 0,12%, à boleia da diminuição das perdas de imparidade de crédito. Já o rácio cost-to-income aumentou 2,8 pontos percentuais face ao período homólogo, para 39,7%, refletindo a subida dos custos operacionais.
Quanto à solvabilidade, os dados revelam que os rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET 1) aumentaram 0,2 pontos percentuais, para 20,5% e 18,0%, respetivamente. “Para estes efeitos contribuiu o aumento de CET 1 (contributo de +0,7 pontos percentuais), que mais do que compensou o aumento do ativo ponderado pelo risco”.
O setor continuou também a registar uma melhoria da qualidade dos ativos. De acordo com o Banco de Portugal, o rácio de empréstimos não produtivos bruto (NPL) diminuiu 0,1 pontos percentuais para 2,4% no quarto trimestre. Os rácios de cobertura dos NPL por imparidade das sociedades não financeiras e dos particulares aumentara para 62,2% e 50,4%, respetivamente. O rácio de empréstimos em stage 2 [com risco de incumprimento] recuou ligeiramente para 12,3% e 8,9% nas sociedades não financeiras e particulares, respetivamente.
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