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“Renegociações na TAP já permitiram poupar 1.300 milhões de euros”, diz CEO

A TAP “não vai se uma TAP pequenina, porque tem 88 aviões para passageiros e três aviões de carga, ou seja passa a ter 91 aviões, o que não está longe da frota que tinha” recentemente, comentou o CEO da companhia, Ramiro Sequeira, na audição na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.
23 Fevereiro 2021, 11h58

A renegociação da frota da TAP, da entrega de novos aviões encomendados e também a renegociação com os fornecedores da companhia permitiu, segundo CEO da companhia, Ramiro Sequeira, “uma poupança 1,3 mil milhões de euros”. Só nas renegociações da frota “estamos a falar de mil milhões de euros de poupança, que não seria obtida se não tivéssemos feito este exercício logo que a pandemia apareceu”, referiu, comentando que apesar da redução de dimensão da companhia, “a TAP não vai se uma TAP pequenina, porque tem 88 aviões para passageiros e três aviões de carga, ou seja passa a ter 91 aviões, o que não está longe da frota que tinha” recentemente, comentou o CEO na audição na Comissão Parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, efetuada esta terça-feira, 23 de fevereiro, por proposta do PSD e do IL – Iniciativa Liberal.

Além da poupança obtida de 1,3 mil milhões de euros até 2025 com as renegociações efetuadas pela TAP, figuram “200 a 250 milhões de euros anuais de poupança com os fornecedores”, referiu o CEO, esclarecendo que “a administração da TAP, como sempre disse, desde o momento em que iniciaram as primeiras conversas com as estruturas representativas dos trabalhadores, estava encarregue de uma missão – salvar a TAP – e imbuída de um espírito que era o de salvaguardar o maior número possível de postos trabalho”.

“Negociámos intensamente, sempre de boa-fé, e chegámos a acordo com todas as forças sindicais. Não posso deixar de agradecer o empenho com que os diversos representantes dos trabalhadores e restantes equipas estiveram nas longuíssimas e duras reuniões. Juntos, todos juntos, podemos salvar a TAP”, comentoou.

“Em sede de negociação foi possível encontrar com os sindicatos medidas que, mantendo a métrica imposta pela CE, são menos nocivas para os nossos trabalhadores. Ficou demonstrado que para nós, administração, os trabalhadores do Grupo TAP são uma prioridade”, garantiu Ramiro Sequeira.

Em resposta à deputada do BE, Isabel Pires, que colocou uma questão relativa ao risco de uma grande redução de trabalhadores na TAP impedir a companhia de ter capacidade de resposta para relançar a sua atividade, o CEO da TAP explicou que o excesso de trabalhadores identificado na TAP, que baixou de 3000 para 2000 trabalhadores, decorre da situação de crise provocada pela pandemia, mas mesmo assim “mantém a TAP dimensionada para o relançamento da atividade em 2022”. “Não há dificuldade da empresa para retomar a atividade”, diz Ramiro Sequeira, recordando que há 7000 trabalhadores, e as respetivas famílias, relativamente aos quais “mantemos as capacidades de trabalho”.

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