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Renováveis sustentam subidas nos mercados europeus após decisão de Trump

O presidente dos EUA optou por interromper a suspensão de um parque eólico offshore em Nova Iorque, pelo que deixou os mercados animados no que respeita ao segmento das energias verdes. Os sinais também foram sentidos em Lisboa, onde a EDP Renováveis ganhou mais de 4%.
21 Maio 2025, 07h00

As mais importantes bolsas europeias beneficiaram dos ganhos em cotadas que operam nas energias renováveis, em função de uma decisão de Trump que foi favorável ao setor e deixou os mercados animados, na sessão de terça-feira. Os sinais transpareceram para Portugal, onde o grupo EDP se destacou entre as valorizações.

O presidente dos EUA suspendeu uma ordem que ditava a interrupção da construção de um parque eólico offshore avaliado em 5 mil milhões de dólares, em Nova Iorque. A energética norueguesa Equinor pode agora retomar o projeto, que vai permitir fornecer energia eólica à cidade de Nova Iorque.

Em resultado, o setor das utilities registou ganhos significativos pelas praças bolsistas de toda a Europa e Lisboa não foi exceção. Numa sessão em que o índice PSI ganhou 1,75% e alcançou os 7.376 pontos, a EDP Renováveis subiu 4,11% para 9,26 euros, ao passo que a EDP somou 2,99% até aos 9,26 euros.

As energéticas só foram superadas pela valorização de 4,88% nas ações da Mota-Engil, que alcançaram os 4,77 euros, na sequência de valorizarem perto de 10% na véspera, em função de um upgrade. Na mesma linha seguiram a Sonae, ao ganhar 2,26% até aos 1,174 euros, assim como a Corticeira Amorim, que subiu 1,68% e alcançou os 8,47 euros. O BCP saltou 1,37% para 0,6354 euros por título.

O sentimento foi amplamente positivo, de tal modo que a Galp, ao cair 0,04%, foi a única das cotadas que encerrou as negociações em terreno negativo. A energética foi castigada pelas descidas próximas de 0,7% que se registavam nos futuros do Brent e do crude à hora de fecho das bolsas.

No exterior, a liderança pertenceu a Espanha, onde também se destacaram os incrementos registados no setor energético, com valorizações de 4,60% na Solaria e 3,50% na Acciona. Ambas centram o seu negócio na produção e venda de energias de origem renovável.

Ao mesmo tempo, foi observado um incremento de 0,94% no Reino Unido, onde sobressaiu o disparo de 7,26% na capitalização de mercado do Vodafone Group, após apresentar os resultados do primeiro trimestre. Seguiram-se subidas nos restantes índices de referência, na ordem de 0,88% em Itália, 0,75% em França e 0,53% na Alemanha. Simultaneamente, o índice agregado Euro Stoxx 50 somou 0,54%.

Esta quarta-feira prossegue a época de resultados, com destaque para as contas do BCP no primeiro trimestre, que vão ser conhecidas após o encerramento dos mercados. Lá fora, Snowflake, Lowe’s, Baidoo e Zoom Video, entre outras gigantes empresariais, apresentam resultados referentes ao mesmo período.

Em termos macro, vão ser conhecidos os dados da inflação no Reino Unido em abril, mediante receios de que a mesma acelere de forma expressiva. Recorde-se que foram registadas subidas de 2,6% numa escala homóloga e 0,3% em termos mensais no que diz respeito a março.
Durante a manhã, os responsáveis do BCE vão reunir para uma discussão acerca da política não monetária, assim como para a revisão da estabilidade financeira daquele banco central.
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