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Rentabilidade dos fundos de pensões cai 1,9% em junho face a dezembro

As contribuições dos associados e participantes registaram um acréscimo de 40,2%, no total dos fundos de pensões. O montante dos benefícios pagos apresentou um crescimento de 3,2%, comparativamente com o mesmo período de 2019.
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25 Agosto 2020, 16h57

Os ativos geridos pelos fundos de pensões representavam, no final de junho de 2020, cerca de 21,7 mil milhões de euros, o que correspondeu a um ligeiro decréscimo de 0,6%, face aos valores observados no final do ano anterior (21,8 mil milhões). Esta evolução resultou da diminuição de 1,3% nos fundos de pensões fechados.

Tendo em consideração as contribuições entregues aos fundos e as respetivas pensões pagas, a rentabilidade dos fundos de pensões, face ao final do ano de 2019, foi de menos 1,9%. Apesar disso, quando comparado face a junho de 2019, verifica-se uma subida de 5,4% de 20,6 mil milhões de euros para 21,7 mil milhões de euros.

A estrutura da composição das carteiras foi semelhante à observada no final do ano de 2019. Destacam-se, no entanto, a diminuição do peso de ações, de depósitos bancários e de dívida pública e o aumento do peso das obrigações privadas.

No primeiro semestre de 2020, o número de fundos de pensões sob gestão passou de 232 para 233, na sequência da extinção de dois fundos de pensões fechados e da constituição de três fundos de pensões PPR, revela a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) no seu relatório sobre a evolução dos fundos de pensões relativo ao primeiro semestre de 2020.

As contribuições para os fundos de pensões e o montante dos benefícios pagos registaram um acréscimo de 40,2% e 3,2%, respetivamente, face ao período homólogo.

As contribuições para os fundos de pensões em junho totalizaram 669,9 milhões de euros o que compara com 477,8 milhões um ano antes.

No que toca às contribuições dos associados e participantes para fundos fechados o montante era em junho de 432,7 milhões. Sendo que os fundos de pensões de benefício definido somam 408,4 milhões e os de contribuição definida (tendência cada vez mais crescente em tempo de taxas de juro baixas) ainda só totaliza 18,1 milhões de euros.

Os fundos abertos somavam em junho  de 2020 um total de 237,2 milhões, acima dos cerca de 189 milhões registados em junho de 2019.

O montante dos benefícios pagos apresentou um crescimento de 3,2%, comparativamente com o mesmo período de 2019. Passou de 377 milhões para 388,9 milhões de euros, sendo que nos fundos fechados deu-se uma quebra de 321,2 milhões para cerca de 319 milhões.

Os fundos de pensões por benefício definido pagaram 300,7 milhões até junho (mais do que os 321,2 milhões pagos em junho de 2019) e os fundos por contribuição definida pagaram menos que um ano antes, passando de 12,4 milhões para 10,1 milhões.

No que se refere aos fundos abertos, o montante de benefícios pagos somou 69,9 milhões, mais do que os 55,8 milhões pagos um ano antes.

Em junho de 2020, as carteiras de investimento dos fundos de pensões eram constituídas maioritariamente por títulos de dívida (51%), seguindo-se os fundos de investimento (33%). Os imóveis (8%), depósitos bancários (4%) e ações (4%) continuam a ser as categorias com menor peso.

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