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Renting: Portugal está a par da Europa mas só conquista 20% das empresas

Análise à evolução do renting revela que os empresários portugueses têm vindo a alterar os métodos de financiamento, acompanhando a tendência entre as congéneres europeias. As empresas valorizam cada vez mais um modelo que inclua todo o tipo de serviços.
8 Dezembro 2019, 19h05

Apesar de o renting ser um dos protagonistas da mobilidade em Portugal, na opinião de António Oliveira Martins, vice-presidente da ALF – Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting, “existe ainda algum caminho a trilhar para chegarmos aos níveis registados no resto da Europa, onde as taxas de utilização são superiores, especialmente nas grandes economias como França, Alemanha ou Reino Unido”. Nestes mercados mais desenvolvidos, ressalva o responsável, a utilização do renting nas Pequenas e Médias Empresas (PME) é mais antiga, sendo um segmento mais maduro.

Corroborando a diferença de ritmos da evolução de Portugal e os restantes países europeus, João Soromenho, diretor comercial da Arval Portugal, não tem dúvidas de que Portugal está a acompanhar a tendência europeia, mas que, por agora, “com números mais modestos mas a tendência é a mesma”.

De acordo com o barómetro do Arval Mobility 2019, por toda a Europa, verifica-se também que o renting foi o único método de financiamento que cresceu nos últimos seis anos, dos 10% para os 30%. No mesmo período, constatou-se uma redução na percentagem de empresas europeias que decidiram pela compra direta, com menos 20% de empresas; pelo leasing financeiro, que reduziu em 25% e, pelo crédito automóvel que caiu 33%. Assim, em comparação com a prática de financiamento utilizada pela média dos países da Europa, verificamos que nestes últimos seis anos houve uma aproximação entre a percentagem média de cada método de financiamento em Portugal com as decisões que foram sendo tomadas pela média dos decisores europeus.
Quanto a novas modalidades de financiamento e crescimento do renting, os gestores portugueses, assim como os europeus, têm à sua disponibilidade diversas modalidades de financiamento para a aquisição de viaturas. Contudo, a compra direta e o leasing financeiro continuam a ser os modelos mais utilizados com 37% e 36%, respetivamente. Verifica-se também que a modalidade de compra não sofreu alterações desde 2014, no que se refere à percentagem de empresas que utilizou fundos próprios. Já o leasing financeiro, por oposição, registou uma queda de 25% nas empresas nacionais e apenas 7% opta pelo crédito automóvel.

O renting, por sua vez, tem vindo a ganhar terreno entre as escolhas dos gestores. São já 20% as empresas portuguesas que utilizam o renting como método de financiamento para os seus automóveis. Um valor muito superior ao verificado em 2014, ano em somente 4% assumiam utilizar este instrumento em detrimento dos modelos mais tradicionais. Isto significa que o renting é o método de financiamento automóvel que mais cresceu em Portugal nos últimos seis anos.

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