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“República Popular de Lugansk”: Rússia anuncia controlo total de Lugansk

Pouco depois de afirmar que as zonas ‘libertadas’ da Ucrânia devem desenvolver as suas economias regionais, o Kremlin diz que controla a totalidade daquilo a que chama a República Popular de Lugansk.
Russian President Vladimir Putin delivers a video address on the occasion of Youth Day in Moscow, Russia, in this picture released June 24, 2023. Sputnik/Gavriil Grigorov/Kremlin via REUTERS
1 Julho 2025, 09h50

Os militares russos assumiram o controlo total da República Popular de Lugansk (LPR) , anunciou o governador local, Leonid Pasechnik. “Há apenas dois dias, chegou um relatório informando que o território da República Popular de Lugansk foi totalmente libertado”, disse Pasechnik a uma estação televisiva russa. Mas o Ministério da Defesa russo ainda não confirmou oficialmente a declaração do governador.

A confirmar-se, esta informação surge pouco dias depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter dito que quer as economias das zonas ‘libertadas’ a funcionar em pleno, para poder chamar os habitantes que saíram dali em fuga da guerra. Os analistas ocidentais tendem a considerar que este ‘chamamento’ é uma das respostas à cada vez mais depauperada economia da guerra.

Durante a ofensiva de verão de 2022, as forças russas capturaram as duas maiores cidades ucranianas na região, Severodonetsk e Lisichansk , e posteriormente avançaram para as áreas vizinhas. Desde então, a linha de frente dentro da RPL permaneceu praticamente estagnada. As forças de Kiev mantiveram o controlo sobre aproximadamente 100 km2 na parte noroeste da república, segundo relatos da imprensa, incluindo uma área ao norte da cidade de Makeevka, que já abrigou várias aldeias agora abandonadas e destruídas.

Além disso, Kiev deteve durante muito tempo a floresta de Serebryanskoye, uma região densamente arborizada ao norte do rio Seversky Donets, que serve como limite natural entre a LPR e a vizinha República Popular de Donetsk (DPR).

O presidente russo disse na sexta-feira que as negociações para um cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia continuam estagnadas, com as exigências de cada lado “absolutamente contraditórias”, mas que coloca a hipótese de voltar a Istambul, na Turquia, para regressar à mesa das negociações. Como observam várias fontes ocidentais, este encontro – ou um encontro a mais alto nível que os meros grupos de trabalhos que têm seguido para Istambul – teria de ser precedido com a consolidação das posições russas nos oblasts que Moscovo reivindica como seus.

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