“Estamos a três meses do verão e não é possível ainda reservar viagens no ferry para o continente”, constata o Bloco de Esquerda. O partido acredita na existência de uma atuação deliberada para que a operação corra mal ou que nem aconteça.
Ora não é nem do interesse do PSD, nem do PS: “Mas se o PSD está agachado aos grupos económicos, do lado do PS vemos um administrador do Grupo Sousa a ser chamado para coordenar o programa eleitoral no capítulo da economia”, confirma o BE-Madeira.
O partido realça “os obstáculos criados pela Administração dos Portos da Madeira (APRAM)” que afastaram o ARMAS, concursos “feitos de propósito para ficarem desertos”, com condições para desmotivarem potenciais interessados, “a esta adjudicação ao grupo Sousa que ninguém quer cumprir”.
O Governo deve então clarificar se vai ou não haver ferry em 2019, segundo o BE, já que no ano passado “havia a incerteza do atraso do concurso, se haveria interessados, mas agora temos contrato adjudicado para três anos e não há interesse nem do Governo Regional, nem do adjudicatário privado em cumpri-lo”.
O Bloco critica ainda a posição da Secretária Regional do Turismo, Paula Cabaço, que percorre as feiras do setor a promover o destino Madeira, “mas não apresenta a opção ferry” para este verão. Ou seja, quem quer programar as suas viagens com antecedência, ainda não o pode fazer, reclama o partido.
A solução apresentada pelo BE é a construção de uma nova maioria na Madeira que enfrente os interesses instalados, que rompa com as políticas do partido que governa e deve trazer um verdadeiro desenvolvimento e futuro para os jovens. Além disso o partido diz que não está disponível para apoiar políticas de continuidade “da subserviência aos interesses privados”.
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