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Resiquímica: por 28,5 milhões de euros passou de Sintra para o mundo

Com a aquisição da empresa portuguesa, a Omnova Solutions aumentou as suas sinergias. A Resiquímica aumentou as sinergias da multinacional norte-americana e será a patir de Sintra que irá reforçar a sua área comercial na Europa e investir na investigação tecnológica.
7 Novembro 2018, 13h44

A multinacional norte-americana Omnova Solutions chegou a Portugal no final de setembro quando comprou a empresa portuguesa Resíquimica, líder em resinas e revestimentos, por 28,5 milhões de euros. Anne P. Noonan (na foto), presidente e CEO da Omnova, disse ao Jornal Económico que a aquisição da Resiquímica teve como objetivo “acelerar a sua estratégia de especialização em produtos de revestimento”, uma estratégia delineada “há quatro anos”.

Sobre a aquisição da Resiquímica, sediada em Sintra, a Omnova disse em comunicado que a empresa portuguesa vai expandir as ofertas da multinacional norte-americana “em termos de tecnologias e produtos nas áreas de revestimentos e construção [fortalecendo] a posição da região da EMEA e [melhorando] as capacidades e a flexibilidade de produção no negócio especializado”.

A Resiquímica vai deter um papel importante nas operações europeias da Omnova. Em relação à tecnologia, a empresa sintrente “detém boas competências e recursos humanos e, por isso, vamos servir a nossa posição europeia a partir daí”, explicou a CEO norte-americana. Além disso, com esta aquisição, a multinacional norte-americiana”comprou os produtos da Resiquímica” e “aumentou o portefólio da Omnova, permitindo o reforço da área de negócios comercial”, disse Noonan.

Questionada sobre o processo de entrada no mercado português, Noonan considerou “não ter tido uma experiência muito diferente dos outros países europeus, como a França” e explicou que “os consumidores portugueses são muito parecidos com resto do mundo”.

Sobre as guerras comerciais do presidente Donald Trump com a China e com as medidas protecionistas que tem posto em prática, Noonan disse “que a situação ainda se está a desenvolver”. Para a CEO, “a presença global da Omnova tem ajudado a empresa e dá-nos uma vantagem competitiva”, porque produz e vende os seus produtos nos mercados potencialmente afetados pelas políticas norte-americanas. Mas confessou que “o maior impacto [daquelas medidas] é nos consumidores”.

Os mais de 120 funcionários da Resiquímica integram agora uma multinanacional que tem presença nos quatro cantos do mundo, onde tem fábricas de produção e pontos de venda, distribuição e investigação (área tecnológica). A Omnova, cotada na bolsa de Nova Iorque, encerrou o ano fiscal de 2017 com receitas de 772 milhões de dólares.

Repartidas por geografia, Noonan explicou que “30% das receitas provêm do mercado europeu, 20% da Ásia e 50% dos Estados Unidos”.

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