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Responsável da Cruz Vermelha chinesa foi a Itália e deixou críticas: “As pessoas ainda vão jantar fora e fazem festas”

O responsável chinês de visita a Itália deixou fortes críticas à falta de medidas tomadas pelas autoridades italianas para travar o coronavírus. Dias depois do aviso, o Governo italiano e a região da Lombardia endureceram as medidas da quarentena.
22 Março 2020, 10h23

O vice-presidente da Cruz Vermelha chinesa visitou Itália esta semana e deixou fortes críticas à falta de medidas tomadas pelas autoridades italianas para tentar travar a epidemia do coronavírus. Itália já ultrapassou a China, onde teve origem a pandemia, como o país com maior número de mortes.

“Na cidade de Wuhan após um mês da adoção da política de quarentena, assistimos a redução da tendência desde o pico da doença. Aqui em Milão, a área mais duramente atingida pela Covid-19, não há uma política muito rígida de quarentena. Os transportes públicos ainda estão a funcionar, e as pessoas ainda se deslocam, ainda vão jantar fora e a fazer festas em hotéis. Precisamos que todos os cidadãos estejam envolvidos na luta contra o Covid-19 e sigam estas regras”, afirmou Sun Shuopeng na quinta-feira, citado pela Newsweek.

As declarações do responsável chinês tiveram lugar antes do Governo italiano ter decidido endurecer as medidas da quarentena num momento em que Itália conta com 4.825 mortes, com739 mortes registadas num único dia, mais 19,6% entre sábado e domingo, a maior subida diária. O número de infeções atinge 53.578 mortes.

Na região italiana mais afetada pelo coronavírus,  Lombardia, as autoridades decretaram a proibição de fazer desporto, aplicando multas até cinco mil euros para reuniões no espaço público.

“Está na altura de fechar as atividades económicas e proibir o movimento das pessoas. Devemos apressar-nos, devemos travar todas as atividades económicos e parar a mobilidade. Todos devem ficar em casa, em quarentena, e precisamos que todas as pessoas estejam preparadas para proteger as suas vidas, porque a vidas das pessoas é o mais importante. Não temos uma segunda escolha perante a vida”, recomendou o responsável da Cruz Vermelha chinesa.

“Todos estão envolvidos na luta contra a Covid-19, não só o governo, não só o pessoal médicos. Todos os cidadãos precisam de estar envolvidos e seguidas medidas de isolamento”, defendeu Sun Shuopeng.

 

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