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Respostas rápidas: A guerra comercial entre os EUA e a China está perto do fim?

Uma comitiva norte-americana visita esta semana Pequim para mais uma ronda de negociações entre as duas maiores economias mundiais. Secretário de Estado do Tesouro dos EUA espera avanços significativos no início de maio.
  • Guerra Comercial EUA-China
30 Abril 2019, 07h48

Quem está envolvido na nova ronda de negociações entre os EUA e a China?

As negociações entre a China e os Estados Unidos são retomadas esta terça-feira. Uma delegação norte-americana, liderada pelo Secretário do Tesouro, Steven  Mnuchin, e o representante do Comércio, Robert  Lighthizer, estará em Pequim para debater com o vice-primeiro ministro chinês, Liu He.

Que pontos estão na agenda?

Em cima da mesa estão temas como as taxas alfandegárias, os direitos de propriedade intelectual, tecnologia, mas também a abertura do mercado chinês.

Um acordo comercial entre os dois gigantes económicos está próximo?

O secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, disse esperar que as negociações entre os EUA e a China abandonem o impasse nas duas próximas rondas de negociações. “Ainda temos muito trabalho por fazer”, reconheceu Steven Mnuchin, citado pela Reuters, no entanto, salientou existir “uma grande vontade de ambos os lados” em avançar nas negociações. “Esperamos que nas duas próximas rondas, na China e em Washington DC, chegaremos ao ponto onde podemos recomendar ao presidente que temos um acordo ou recomendar que não temos”, acrescentou.

Para quando está agendada a segunda nova ronda de negociações?

O vice-primeiro ministro chinês, Liu He, irá liderar uma comitiva que irá visitar Washington a 8 de maio.

Como estão a reagir os mercados?

Os três principais índices norte-americanos encerraram a sessão desta segunda-feira a negociar em alta. O industrial Dow Jones subiu 0,04% para 26.554,3 dólares, o S&P 500 avançou 0,11% para 2.943,6 pontos e o Nasdaq ganhou 0,19% para 8.161,86 pontos. Apesar dos resultados trimestrais das empresas norte-americanas serem o principal factor a impulsionar os ganhos em Wall Street, o otimismo dos investidores não parece refrear com os desenvolvimentos nas negociações comerciais entre a China e os EUA. “O importante é que o tom das negociações é construtivo e isto é primordial para manter o otimismo dos investidores, reativar o comércio internacional, especialmente após o abrandamento da Coreia do Sul (proxy da evolução do comércio) e travar a revisão em baixa das perspetivas de crescimento”, explica a equipa de research do Bankinter. “A chave para alcançar um acordo está nos detalhes (tarifas, prazos, setores,) no entanto ainda é cedo para chegar a este ponto. Por agora, a expetativa de virmos a ter um acordo é suficiente para manter a boa tendência do mercado”, concluiu.

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