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Respostas rápidas: O que dizem as agências de ‘rating’ sobre as eleições em Portugal

A dívida soberana portuguesa será avaliada mais quatro vezes antes das eleições de outubro. A próxima agência a pronunciar-se sobre Portugal será a Fitch a 24 de maio, seguida pela Moody’s a 9 de agosto. A 13 de setembro será a vez da Standard&Poor’s e a 4 de outubro da DBRS.
6 Abril 2019, 12h30

Com eleições legislativas em Portugal marcadas para outubro, as avaliações das agências de notação financeira têm incluído uma análise sobre o impacto dos resultados eleitorais na estabilidade do país. A dívida soberana portuguesa será avaliada mais quatro vezes antes das eleições: a próxima agência a pronunciar-se sobre Portugal será a Fitch a 24 de maio, seguida pela Moody’s a 9 de agosto. A 13 de setembro será a vez da Standard&Poor’s e a 4 de outubro a DBRS deverá voltar a pronunciar-se sobre Portugal.

DBRS

A agência canadiana, que subiu esta sexta-feira o ‘outlook’ do rating de Portugal para ‘positivo’, antecipa que a situação política em Portugal permaneça “estável” independente dos resultados eleitorais.

“Independentemente do resultado eleitoral, a DBRS espera que a dinâmica política permaneça amplamente estável, uma vez que o apoio popular continua centrado nos principais partidos políticos pró-europeus”, refere no relatório.

A DBRS realça ainda a projeção da Eurosondagem de março de 2019, que coloca o PS a liderar os resultados. “O PS deverá superar os resultados alcançados em 2015 em cerca de cinco pontos percentuais. Se esses resultados se mantiverem, o PS não conquistará uma maioria absoluta, o que exigiria a formação de outro governo de coligação”, salienta.

A agência realça ainda que “Portugal beneficia de um sistema político globalmente estável” e que apesar de “a posição minoritária do governo tenha levantado dúvidas no passado sobre a sua capacidade para manter uma estratégia orçamental duradoura a longo prazo” o governo assegurou o cumprimento das regras orçamentais.

Standard & Poor’s

A S&P subiu a notação da dívida soberana portuguesa em março para ‘BBB’ com perspetiva estável. Apesar de não se pronunciarem no relatório que acompanhou a avaliação sobre os possíveis impactos dos resultados das legislativas, assinalam que pressões para aumentar a despesa podem ressurgir com as eleições.

A agência norte-americana alerta que “antes das próximas eleições legislativas, as pressões de despesa podem ressurgir, particularmente nos salários públicos”. Apesar disso, diz estar “bastante confiante” de que o Governo irá reduzir o défice ainda este ano para entre 0,2% a 0,3% do PIB, com um “controlo das despesas dos ministérios e revisões das despesa.

A agência de notação norte-americana diz ainda que “a consolidação orçamental tem sido outra política económica prioritária”, estimando um défice entre 0,5% a 0,6% do PIB no ano passado, em linha com as metas do Governo.

Fitch 

Na última avaliação, em novembro, a Fitch manteve inalterada a notação da dívida portuguesa no segundo grau de investimento (BBB), com perspetiva estável. A avaliação da agência refletiu sobretudo a análise ao Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), pelo que as referências às próximas eleições foram ainda escassas.

No entanto, afirmou que alguns compromissos no lado da despesa reflete o aproximar das eleições. Ainda assim, assinala que o OE2019 “reforça o forte registo do Governo socialista no atingir das metas orçamentais desde 2015”.

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