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Respostas Rápidas: O que muda nos novos passes dos transportes?

As famílias residentes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto vão passar a pagar, no máximo, dois passes para circularem nos transportes públicos. O novo passe Navegante vai ter o preço único de 30 euros, para circular nos transportes dentro de um município, e de 40 euros, para andar em todos os transportes da área metropolitana.
Rafael Marchante/Reuters
5 Março 2019, 12h00

Os novos passes de transporte da área metropolitana de Lisboa entram em vigor dia 26 de março. O mês de abril vai servir como mês de transição para a entrada em vigor da tarifa única nos 18 concelhos da capital, mas com a chegada deste novo título surgem também algumas questões.

A informação pública sobre as mudanças é ainda escassa, mas o primeiro-secretário da Área Metropolitana de Lisboa, Carlos Humberto de Carvalho, deu alguns detalhes em entrevistas à ”TSF”, esta segunda-feira.

O que é o passe único?

O cartão Lisboa Viva passa a ser único, o que põe o fim a cerca de 700 passes diferentes a partir de 26 de março.

A partir de dia 26 quem efetuar o carregamento do passe transitará automaticamente para o novo plano. Quem ainda não tem o cartão Lisboa Viva deve apressar-se a pedi-lo, uma vez que “leva dez dias a ser criado e assim não podem comprar o passe no dia 1 porque só têm o cartão no dia 10. Para quem já tem cartão é automático”, explica Humberto de Carvalho.

Quais são os tarifários e os seus preços?

As famílias residentes nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto vão passar a pagar, no máximo, dois passes para circularem nos transportes públicos. O novo passe Navegante vai ter o preço único de 30 euros, para circular nos transportes dentro de um município, e de 40 euros, para andar em todos os transportes da área metropolitana.

O segundo tipo de passe será o familiar surge depois de uma proposta de Fernando Medina e Eduardo Vítor Rodrigues. No seguimento dessas medidas, por exemplo, num agregado familiar em que quatro pessoas tenham passe, no limite, apenas duas pagarão esse título. Este passe poderá permitir poupanças mensais acima de 100 euros. Ficará tabelado nos 60 euros se a família viver em Lisboa e 80 euros para toda a área metropolitana. Contudo,  Carlos Humberto admite que esta é uma das questões mais desafiantes do ponto de vista técnico. “Há muitas coisas que é preciso ter em conta e precisamos da cooperação de várias entidades do Estado central se não as pessoas têm de andar com vários papéis atrás. O passe família é o que é tecnologicamente mais difícil.”

Qual é a validade do cartão?

Como respondeu Carlos Humberto de Carvalho, o passe ”passa a ser o passe válido para aquele mês”. Ou seja, o passe será valido de mês a mês e não por 30 dias, como tem sido até agora.

E para as pessoas que compraram o passe a meio do mês?

De momento ainda não há solução à vista, contudo o primeiro-secretário assegura que ”para o mês de transição para as pessoas que compram em março e terminam a meio de abril, haverá uma solução”, adianta o primeiro secretário. ” Se foram dois dias apenas, é preferível comprarem dois dias de bilhetes ocasionais; se o passe terminar a 15 ou a 10, se calhar vale mais continuar a comprar porque é nossa ideia que encontraremos uma solução para os restantes dias do mês de abril”, conclui.

O que é certo é que a partir de dia 26 os novos títulos começam a ser comprados e em maio os antigos deixaram de circular.

Quem fica isento de pagamento?

As crianças até 12 anos deixam de pagar e o passe 4-18 e sub-23, para estudantes, também são para continuar nos mesmos moldes.

E os carregamentos?

Os carregamentos podem ser efetuados tanto nas bilheteiras, como no multibanco. ”As pessoas vão ao Multibanco e carregam, vão à bilheteira e carregam. É neste sentido que estamos a trabalhar para que esta transição se faça com a mínima conflitualidade possível”, assegurou o primeiro-secretário.

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