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Respostas Rápidas. Portugueses poupam menos que os outros europeus?

Estão os portugueses estão a poupar cada vez menos? Porquê? Como se explica que a taxa de poupança tenha aumentado num período marcado pela recessão económica? Conheça as respostas a estas questões.
5 Outubro 2018, 15h00

“No primeiro trimestre (de 2018), as taxas de poupança mais baixas foram registadas em Portugal (4,0%), Reino Unido (4,1%) e Espanha (5,0%) ”, revelou recentemente o Eurostat.

Estão os portugueses estão a poupar cada vez menos?

Tudo indica que sim! Os portugueses estão entre os povos que menos poupam e só as famílias com maiores rendimentos o conseguem fazer. O nosso país a menor taxa de poupança entre os membros da União Europeia, com as famílias a dedicarem apenas 4% dos rendimentos para esse fim.

Mas durante os anos de recessão económica, 2009 a 2013, as famílias, apesar de terem sido confrontadas com a redução do seu rendimento, voltaram a poupar (um pouco mais). Porém, a partir de 2014, com a saída da troica, a taxa de poupança iniciou nova descida.

Como se explica que a taxa de poupança tenha aumentado num período marcado pela recessão económica?

Nesse período estivemos perante a poupança por precaução, para acautelar possíveis privações no futuro o que é capital na motivação familiar para poupar. É uma preocupação comum a vários tipos de famílias, independentemente, dos seus rendimentos ou nível de escolaridade.

Esta poupança por motivo de precaução será assim maior em situações de incerteza – incerteza quanto às variações futuras do rendimento acompanhado da deterioração das expetativas quanto à evolução do desemprego. Não podemos, também, esquecer que se registou uma diminuição do acesso ao crédito por parte das famílias e um enfraquecimento da rede de segurança social do Estado. Tudo isto contribuiu para que as famílias aumentassem a sua taxa de poupança.

Qual a explicação para a diminuição da taxa de poupança?

Uma explicação plausível é que a partir de 2014 as famílias avançaram com as decisões de consumo adiadas durante a fase mais negra da recessão, em que optaram por agir de forma cautelosa nas decisões de compra. O crédito passou a estar mais acessível, com critérios menos restritivos e com taxas de juros reduzidas. Mais, as taxas de juro não são convidativas à poupança.

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