Restaurantes, cafés e pastelarias só abrem a 19 de abril. Esplanadas podem receber clientes antes

O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que os restaurantes, cafés e pastelaria só poderão reabrir a 19 de abril, com um máximo de quatro pessoas por mesa ou seis em esplanadas. Há ainda limitações de horários: só podem funcionar até às 22h00 ou 13h00 nos fins de semana e feriados.

Ainda assim, as esplanadas têm luz verde para receber até um máximo de quatro pessoas reunidas duas semanas antes, a 5 de abril, conforme explicou António Costa no briefing da reunião do Conselho de Ministros.

Em meados de abril também “poderão ter lugar celebrações como casamentos ou batizados com uma lotação de 25% dos respetivos recintos”, afirmou ainda o líder o Executivo. É, na sua opinião, um plano de reabertura progressiva da economia e da sociedade – ou “a conta gotas”.

Apesar de o plano estar distribuído em apenas quatro datas, António Costa diz que este é um programa conservador para que não haja espaço para correr “riscos excessivos”. “É um processo gradual, para o conjunto das atividades que temos mantido encerradas, e que está obviamente sujeita sempre a uma reavaliação quinzenal, de acordo com a avaliação de risco que adoptámos”, salvaguardou.

“Essa avaliação de risco tem por base dois critérios fundamentais consciencializados entre os diferentes especialistas. Por um lado, o número de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias. Por outro, a taxa de transmissibilidade, medida pelo famoso R”, sublinhou o líder do Governo, apelando ao cumprimento das regras, à higienização e ao uso da máscara.

Desde o início da pandemia, Portugal contabiliza 812.575 casos confirmados de Covid-19. Nas últimas 24 horas registaram-se 627 infeções pelo vírus SARS-CoV-2, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado ao início desta tarde. O número de vítimas mortais do novo coronavírus no país aumentou para 16.635, depois de mais 18 pessoas perderem a vida por causa da doença. Ainda assim, foi a primeira vez em mais de quatro menos que houve menos de duas dezenas de óbitos por dia em Portugal.

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