O esforço para atrair e reter profissionais num contexto de escassez de mão-de-obra, elevada sazonalidade e pressão habitacional em regiões altamente turísticas são os principais fatores que levaram os salários no setor da hotelaria a aumentarem no ano de 2024, de acordo com os dados do ‘Randstad Research divulgados esta quarta-feira.
O salário médio no setor da hotelaria atingiu os 1.198 euros em dezembro de 2024, num crescimento anual de 6,9% e uma subida mensal de 7,4%.
Analisando a estrutura do emprego no setor registam-se 38,9% profissionais qualificados e semiqualificados (24%), refletindo a necessidade de especialização do setor.
No primeiro trimestre de 2025, o setor empregava 316,7 mil pessoas, equivalente a 6,1% do total do emprego nacional, sendo que este valor representa uma descida 4,1% em relação ao final de 2024. O sexo feminino predomina na estrutura empregada (58%, 183 mil pessoas) e 42% de homens (134 mil indivíduos).
A restauração e similares (incluindo restaurantes, cafés, bares, cantinas e catering) empregam 238,4 mil pessoas, equivalendo a 72,2% do total do setor.
Por sua vez, a atividade de alojamento (como hotéis, apartamentos turísticos e alojamentos locais) emprega 92 mil pessoas, o que corresponde a 27,8%, mas enfrentou uma diminuição de 4,8% no mesmo período.
Em fevereiro deste ano, a representava 12,4% do total de desempregados registados nos Centros de Emprego, com 38.574 pessoas inscritas, o que significou uma diminuição de 5,2% face ao mês anterior, mas um aumento de 9,9% em comparação com fevereiro de 2024.
Em termos geográficos, no Algarve, a hotelaria representa 50% do desemprego total da região, enquanto nas regiões autónomas, o setor tem também um peso relativo considerável no desemprego: 17% na Madeira (1.039 pessoas) e 15,2% nos Açores (677 pessoas).
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