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“Reunião do BCE vai mostrar disponibilidade, flexibilidade e rapidez na atuação”, diz Centeno

O governador do Banco de Portugal e membro o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, sublinhou a provável expansão do programa de emergência de compra de ativos dessa instituição, a ser anunciada após a reunião que irá decorrer a 10 de dezembro.
  • Cristina Bernardo
20 Novembro 2020, 18h00

A resposta das diferentes políticas públicas à crise económica provocada pela pandemia de Covid-19 foi eficaz, com os bancos a centrais disponibilizaram liquidez de emergência, numa ação que ajudou a estabilizar os mercados e canalizar crédito para as empresas e famílias, e à qual será dada continuidade na próxima reunião do Banco Central Europeu (BCE), disse esta sexta-feira Mário Centeno, governador do Banco de Portugal (BdP).

“As políticas do Eurosistema, juntamente com as medidas adotadas pelos governos nacionais e instituições europeias, continuam a ser essenciais para apoiar o acesso ao financiamento, incluindo para os mais afetados pelas ramificações da pandemia”, explicou, na abertura da Money Conference, em Lisboa. “Estas medidas incluem a possível expansão do programa de compras de ativos (PEPP), com a flexibilidade que foi introduzida na primavera”.

O BCE lançou em março o PEPP, inicialmente com uma dotação de 750 mil milhões de euros, e que passado um mês foi aumentada para 1.350 biliões,  com regras mais flexíveis do que nos programas anteriores.

A expetativa dos analistas, fundamentada em vários comentários de Christine Lagarde é de um novo aumento do ‘envelope’ de compras, eventualmente em mais 500 mil milhões, no contexto de uma recalibragem de todos os instrumentos prometida pela presidente do BCE.

Segundo Centeno, a “a ação dos bancos centrais deverá continuar a mostrar toda a disponibilidade, flexibilidade e rapidez de atuação a que assistimos até aqui”.  Essa aborgadem “não deixará de ser demonstrada na próxima reunião do Conselho do BCE, que em dezembro deverá recalibrar os seus instrumentos para assegurar que as condições de financiamento permanecem favoráveis para apoiar a recuperação económica e neutralizar o impacto negativo da pandemia na trajetória de inflação”.

“As políticas do Eurosistema, juntamente com as medidas adotadas pelos governos nacionais e instituições europeias, continuam a ser essenciais para apoiar o acesso ao financiamento, incluindo para os mais afetados pelas ramificações da pandemia”, adiantou.

“Estas medidas incluem a possível expansão do programa de compras de ativos (PEPP), com a flexibilidade que foi introduzida na primavera”, sublinhou.

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