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Ricardo Evangelista: “Ouro? Pressão descendente permanece limitada”

Num contexto marcado por tantas incertezas, a posição do ouro como ativo refúgio “deverá continuar a proporcionar suporte em torno do patamar” dos 3.300 dólares (2.910 euros), destaca o analista da ActiveTrades.
30 Maio 2025, 11h52

O CEO da Activtrades Europe, Ricardo Evangelista, considera que a “pressão descendente” sobre o ouro “permanece limitada devido à incerteza persistente em torno das tarifas comerciais, ao agravamento das tensões geopolíticas e às crescentes preocupações com a conjuntura económica global”.

Numa análise ao comportamento deste metal, Ricardo Evangelista sublinha que o preço caiu abaixo do nível dos 3.300 dólares (2.910 euros) nas primeiras horas de negociação desta sexta-feira, o que permitiu “devolver grande parte dos ganhos registados” na sessão anterior.

“As perdas são, em grande parte, atribuídas ao fortalecimento do dólar norte-americano durante a madrugada, embora esse movimento pareça ter perdido força com os mercados à espera da divulgação dos dados do índice PCE — a medida de inflação preferida da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed)”, explica Ricardo Evangelista.

O CEO da Activtrades diz que a ata mais recente do FOMC confirmou que a Fed “continua a adotar uma abordagem dependente dos dados, o que significa que os números da inflação divulgados hoje poderão influenciar as expectativas quanto ao momento e à magnitude dos próximos cortes” nas taxas de juro. “Esta conjuntura poderá ter impacto no dólar e, devido à correlação inversa entre os dois ativos, também poderá afetar o preço do ouro”, afirma Ricardo Evangelista.

Ricardo Evangelista adianta que a “pressão descendente” sobre o ouro “permanece limitada devido à incerteza persistente em torno das tarifas comerciais, ao agravamento das tensões geopolíticas e às crescentes preocupações com a conjuntura económica global”, reforçando que a juntar a estes fatores, “os riscos orçamentais associados à proposta de cortes fiscais apresentada pela administração norte-americana estão a alimentar a cautela dos investidores”. Face a este cenário, o CEO da Activtrades Europe defende que num contexto marcado por tantas incertezas, a posição do ouro como ativo refúgio “deverá continuar a proporcionar suporte em torno do patamar” dos 3.300 dólares (2.910 euros).

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