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Rotas das ilhas atlânticas representam cerca de 41% do movimento de cruzeiros na Madeira

Em 2024, a Região teve 728.604 passageiros a navegar em cruzeiros, um novo máximo, e a primeira vez que se ultrapassou os 700 mil. Face ao ano anterior foi um crescimento de 16,6%, segundo os dados da APRAM. Em 2024, registaram-se 316 escalas face às 279 do ano anterior, uma subida de 13,2%.
12 Março 2025, 07h00

As rotas das ilhas atlânticas (Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde) representam cerca de 41% do movimento de cruzeiros na Madeira, adianta a presidente do Conselho de Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM) ao Jornal Económico (JE).

A influenciar o peso destas rotas no setor dos cruzeiros da Região Autónoma da Madeira está o trabalho que tem sido feito ao nível da Cruise Atlantic Islands (CAI), que nasceu em 1994, com a Madeira e Canárias, e que teve em 2006 e 2023 a adição de Cabo Verde e dos Açores. Em 2024 foi formalizada a Associação Internacional dos Portos das Ilhas da Macaronésia, que dá o corpo jurídico à CAI.

“Estamos conscientes que esta parceria tem sido uma mais-valia estratégica na promoção da Madeira e de todo este itinerário Atlântico como destino de cruzeiros”, disse Paula Cabaço.

A presidente da APRAM considera que esta colaboração “fortalece a cooperação” entre os portos da Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde, permitindo uma “abordagem mais integrada” na captação de escalas e na criação de itinerários “apelativos” para as companhias de cruzeiros.

“Num mercado global de cruzeiros que ronda os 30 milhões de passageiros por ano, a CAI já representa 4,2 milhões”, refere Paula Cabaço.

A presidente da APRAM diz que através da CAI a Madeira tem conseguido “maior visibilidade” junto dos principais operadores do setor, através da promoção do destino Madeira em feiras internacionais e também do reforço da posição da Região como “escala essencial” nas rotas do Atlântico.

“Além disso, a troca de boas práticas e a coordenação entre os portos da Macaronésia contribuem para uma oferta mais estruturada e competitiva, beneficiando a Região com o aumento do número de navios e passageiros que escolhem o Funchal como porto de paragem. Neste momento, os itinerários CAI representam à volta de 41% do movimento de cruzeiros na Madeira”, adianta Paula Cabaço.

Madeira atingiu máximos nos cruzeiros

Refira-se que em 2024 a Região atingiu um máximo ao nível dos passageiros, para os 728.604. Foi a primeira vez que se ultrapassou os 700 mil passageiros que chegam ao arquipélago, por cruzeiro, e face ao ano anterior registou-se um crescimento de 16,6%, segundo os dados da APRAM.

Em 2024 registaram-se 316 escalas face às 279 do ano anterior, uma subida de 13,2%. Destas escalas, 23 foram inaugurais e destas, seis foram de navios totalmente novos, refere a APRAM. Existiu também um máximo ao nível do número de pernoitas (navios que passam a noite no Porto do Funchal).

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