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Rui Rio avisa que Portugal tem de se preparar para segunda onda da Covid-19

O líder do PSD alerta que é preciso preparar o Serviço Nacional de Saúde para esta eventual segunda vaga, e avisa que a “economia portuguesa” não vai ter capacidade para aguentar uma “nova paragem”.
  • TIAGO PETINGA/LUSA
25 Abril 2020, 12h37

O líder do maior partido da oposição defendeu hoje que Portugal tem de se preparar para uma segunda vaga da pandemia da Covid-19.

“Pela primeira vez [em 46 anos], Portugal comemora o 25 de abril com a liberdade condicionada”, começou por dizer o presidente do PSD. Sobre a realização da cerimónia no Parlamento, “o que à primeira vista pode parecer negativo, é um exemplo positivo do regime democrático”.

“Portugal não tem a democracia suspensa, tem a democracia bem presente”, defendeu, reconhecendo que “Portugal vive um período muito difícil”.

Sobre uma eventual “segunda onda da pandemia daqui por poucos meses”, Rui Rio defendeu que o país se deve preparar “para esta eventualidade”. “É preciso planear a resposta do pais a uma eventual segunda onda da Covid-19”, defendeu.

Além do impacto no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o também líder da bancada parlamentar do PSD alertou que a “economia portuguesa” não vai ter capacidade para aguentar uma “nova paragem”: a economia nacional “não acomoda um novo embate”, avisou.

“No próximo inverno teremos de ter maior capacidade de resposta do SNS sob todos os pontos de vista. Queremos ter testes em quantidade suficiente, e proteção individual para todos. Terá de haver informação e pedagogia adequada”, afirmou.

Caso contrário, se não houver um reforço do SNS para esta eventual segunda pandemia, “a nossa resposta será sempre deficiente e incompleta”, defendendo também que a aplicação de cuidados especiais para os lares de idosos.

Para esta eventual segunda vaga, é preciso que o Governo e os seus respetivos ministérios corrijam falhas e injustiças” para que “empresas e trabalhadores possam receber apoios em tempo útil”.

Relativamente ao discurso de que “não haverá qualquer tipo de austeridade”, Rui Rio apontou que este “otimismo não pode ser impeditivo de nos prepararmos para tal cenário, mais vale prevenir do que remediar”.

“Portugal atravessa um momento particularmente difícil”, relembrou Rui Rio, defendendo a “unidade” entre os portugueses.

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