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Rui Rio considera que está na altura de se exigir ao Governo “mais eficácia” no combate à Covid-19

O líder do PSD, Rui Rio, considera que as dificuldades em dar resposta ao surto de Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz evidenciam as “carências” do setor social e solidário e obrigam a um “maior entrosamento entre a segurança social e a saúde”.
  • Manuel de Almeida/LUSA
24 Agosto 2020, 17h58

O Partido Social Democrata (PSD) considerou esta segunda-feira que está na altura de se exigir uma maior eficácia no combate à pandemia da Covid-19. O líder do PSD, Rui Rio, considera que as dificuldades em dar resposta ao surto de Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz evidenciam as “carências” do setor social e solidário e obrigam a um “maior entrosamento entre a segurança social e a saúde”.

“À medida que o tempo passa, temos de exigir do Governo que tudo aquilo que aprendemos ao longo destes meses possa agora ser colocado em prática para que em novembro possamos combater a pandemia com uma eficácia muito maior do que em março ou em abril porque hoje o nosso conhecimento é também maior do que aquele que tínhamos na altura”, afirmou Rui Rio, à margem de uma visita a dois lares no distrito de Viana do Castelo.

Rui Rio reiterou que, em março e abril, “não era justo fazer críticas ao Governo”, tendo em conta que “ninguém era capaz de fazer muito melhor” por falta de conhecimento técnico sobre como lidar com a pandemia, mas sublinhou que aquilo que aconteceu em Reguengos de Monsaraz e que levou à morte de 18 pessoas por Covid-19 veio “dar uma maior visibilidade aos lares, àquilo que eles fazem e, sobretudo, àquilo que são as carências que têm”.

Durante a visita à Santa Casa da Misericórdia dos Arcos de Valdevez e à de Ponte de Lima, o líder social-democrata disse ter ouvido “muitas ideias que podem ser aproveitadas” e que são “relativamente simples”. Exemplos disso são a criação de “locais de retaguarda”, onde possam ser colocadas as pessoas infetadas e a ideia de, em vez de serem os doentes a descolar-se ao centro de saúde, serem os médicos a deslocarem-se aonde estão os utentes.

“Para isso, tem de haver um maior entrosamento entre a segurança social e a saúde, que é coisa que não tem havido. Havendo esse entrosamento, obviamente, que ganham os dois – Ministério da Saúde e o Ministério da Segurança Social – e ganha a sociedade”, salientou Rui Rio.

Sobre os profissionais de saúde, o líder do PSD referiu que, “independentemente de poder haver um ou outro que não cumpriu, a esmagadora maioria teve e está a ter um papel fundamental” e que “a classe enquanto tal tem tido um papel notável e todos esses aplausos que receberam são naturalmente merecidos”.

“É preciso não se esquecer que alguns tiveram muito tempo sem ir a casa para não infetarem os seus familiares e correram o risco de se infetarem a eles próprios; muitos infetaram-se, portanto, a sociedade tem de estar continuamente grata pelo trabalho que desempenharam”, frisou.

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