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Rússia: Kiev vê rebelião como “uma humilhação” para Kremlin

A Ucrânia descreveu este domingo a rebelião de 24 horas do grupo paramilitar Wagner na Rússia como “uma humilhação” para o Kremlin.
epa09808748 A handout photo made available by the Presidential press service shows Ukrainian President Volodymyr Zelensky giving his address to Ukrainians in Kyiv (Kiev), Ukraine, 07 March 2022. Russian troops entered Ukraine on 24 February prompting the country’s president to declare martial law and triggering a series of announcements by Western countries to impose severe economic sanctions on Russia. EPA/PRESIDENTIAL PRESS SERVICE HANDOUT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES
25 Junho 2023, 17h02

A Ucrânia descreveu este domingo a rebelião de 24 horas do grupo paramilitar Wagner na Rússia como “uma humilhação” para o Kremlin.

De acordo com o assessor presidencial ucraniano Mikhailo Podoliak, a insurreição revelou a erosão do poder de Vladimir Putin, gerou o caos e foi resolvida através da mediação de “um intermediário de reputação duvidosa”, como o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.

“Foi uma excelente opção… Vocês quase anularam Putin, assumiram o controlo das autoridades centrais e de repente retiraram-se”, salientou Podoliak, acrescentando que ficou demonstrado que o Kremlin não detém o “monopólio da violência”.

No Twitter, o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksi Danilov, afirmou que a tentativa de motim reflete o início do “desmantelamento do sistema” de Putin.

A rebelião foi a “ponta do icebergue de um processo de desestabilização”, disse Danilovo, segundo a qual se formou um “grupo de descontentes”, tanto nas forças de segurança como no funcionalismo público.​​​​​​​

Segundo Danilov, a única opção que Putin tem para “se salvar” é a “liquidação física” dos mercenários do grupo Wagner, uma punição exemplar para Yevgeny Prigozhin e implementação da lei marcial.

O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia conclui que insurreição foi “uma facada nas costas” para Putin.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.

Putin qualificou, no sábado, de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição.

No final do dia de sábado, em que foi notícia o avanço de forças da Wagner até cerca de 200 quilómetros de Moscovo, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com Lukashenko.

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