O ano 2019 foi o mais quente na Rússia desde que há registo, há mais de 120 anos, anunciaram esta segunda-feira os serviços meteorológicos locais, numa altura em que Moscovo enfrenta um raro inverno sem neve.
“De uma forma geral, este foi o ano mais quente da Rússia de todo o período de observações instrumentais”, observou o diretor do Centro Hidrometeorológico Roman Vilfand, citado pelas agências russas.
Para ultrapassar algumas das dificuldades causadas pelo estado do tempo, as autoridades de Moscovo decidiram despejar neve artificial no centro da cidade como forma de manter as festividades do Ano Novo, quando é habitual as pessoas saíram para a rua para fazerem ‘snowboard’.
A decisão tem sido alvo de várias mensagens na rede social Twitter, com os moscovitas a afirmarem que “o orçamento de Moscovo pode comprar qualquer coisa – até o inverno” ou que o cenário “está muito longe do general Inverno”, as famosas temperaturas abaixo de zero que ajudaram a derrotar Napoleão e Hitler.
Noutra rede social, o Instagram, têm-se multiplicado os vídeos que mostram camiões a transportar e espalhar neve na cidade. “Esta é toda a neve que há em Moscovo. Está toda guardada na Praça Vermelha”, escreveu um utilizador do Instagram a acompanhar uma fotografia tirada perto do Kremlin.
As preocupações com os efeitos do aquecimento global na Rússia têm vindo a crescer, já que o ‘permafrost’ ou pergelissolo – o tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados – está a derreter lentamente e a fazer recuar o gelo ártico, o que leva os ursos polares famintos a procurar comida em áreas urbanas.
O clima ameno que se tem registado este mês naquele país interrompeu a hibernação de vários animais no jardim zoológico de Moscovo e fez com que açafrões, lilases e magnólias do jardim botânico da Universidade Estadual florescessem mais cedo.
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