[weglot_switcher]

Rutte propõe oficialmente a Estados-membros da NATO gastos militares de 5% do PIB

Após a reunião dos ministros da Defesa da NATO, que acordou os novos requisitos de capacidades militares, o ex-primeiro-ministro dos Países Baixos confirmou a iniciativa para a cimeira de Haia, em que se espera que os líderes da Aliança Atlântica cheguem a um acordo sobre o novo pacto.
epa11634956 New NATO Secretary General Mark Rutte gives his first press conference after he succeeds Jens Stoltenberg as NATO Secretary General, at the Alliance headquarters in Brussels, Belgium, 01 October 2024. Former Dutch Prime Minister Mark Rutte succeeds Jens Stoltenberg as Secretary General of the North Atlantic Treaty Organization (NATO) on 01 October 2024 after the latter’s ten years at the helm of the Alliance. EPA/OLIVIER HOSLET
5 Junho 2025, 18h10

O secretário-geral da NATO propôs hoje, oficialmente, que os líderes da organização concordem, na cimeira deste mês, em Haia, aumentar os gastos com defesa para 5% do PIB, para cobrir os custos das capacidades militares da organização.

“Vou propor um plano de investimento global que totalizará 5% do PIB [produto interno bruto] em investimento na defesa: 3,5% do PIB para gastos puros com Defesa com base nos custos globais para atingir os novos objetivos de capacidade que os ministros acabaram de acordar e 1,5% do PIB anual em investimentos relacionados com a defesa e a segurança, como infraestruturas e indústria”, disse Mark Rutte, numa conferência de imprensa após uma reunião dos ministros da Defesa da Aliança Atlântica.

A cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) vai decorrer a 24 e 25 deste mês em Haia.

Após a reunião dos ministros da Defesa da NATO, que acordou os novos requisitos de capacidades militares, o ex-primeiro-ministro dos Países Baixos confirmou a iniciativa para a cimeira de Haia, em que se espera que os líderes da Aliança Atlântica cheguem a um acordo sobre o novo pacto.

Na conferência de imprensa, Rutte evitou, contudo, fixar um prazo para que os aliados cumpram essa meta.

Nesta última secção serão consideradas questões como a mobilidade militar, o desenvolvimento da base industrial e a preparação para situações de conflito e emergência, detalhou Rutte.

A proposta decorre da análise de segurança da NATO e da aprovação dos novos objetivos de capacidades acordados entre os aliados, que exigirão um investimento de 3,5% do PIB, aos quais a Aliança Atlântica acrescenta agora uma verba de 1,5% para desenvolver essas capacidades, chegando assim ao valor exigido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos Estados membros da organização

“Há um amplo apoio. Estamos muito perto [de um acordo]”, disse Rutte, sublinhando que tem “total confiança” em que todas as partes concordem com a proposta até à cimeira da NATO.

Os aliados europeus e o Canadá já têm investido fortemente nas suas forças armadas, bem como em armas e munições, desde que a Rússia lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia em 2022.

Ao mesmo tempo, alguns têm resistido às exigências dos Estados Unidos de investir 5% do PIB em defesa – 3,5% em gastos militares essenciais e 1,5% em estradas, pontes, aeródromos e portos marítimos necessários para mobilizar exércitos mais rapidamente.

Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, recordou que Portugal é um membro fundador da Aliança Atlântica e vai cumprir os objetivos de investimento na Defesa.

“Obviamente que há aqui duas etapas, uma etapa é a etapa dos 2% [do PIB], em que Portugal não estava ainda no nível que é exigível para os países da NATO. Além disso, temos depois esta proposta dos 5%, mas, como sabe, o secretário-geral, Mark Rutte, dividiu isso em 3,5%, que será justamente de investimento na defesa no sentido mais clássico e tradicional do termo, e depois 1,5% em infraestruturas”, especificou.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.