[weglot_switcher]

Ryanair contorna bloqueios de reembolso de milhares de agências de viagem

A companhia aérea irlandesa garante que vai processar 90% dos pedidos de reembolso que foram bloqueados por parte das agências de viagens online não autorizadas.
9 Julho 2020, 17h26

A companhia área low-cost Ryanair introduziu um novo processo (acompanhado de um vídeo informativo) para os clientes que tiveram os seus reembolsos bloqueados por parte das agências de viagens online. De acordo com o comunicado enviado, esta quinta-feira às redações, a companhia irlandesa assegura que vai processar 90% de todos os reembolsos até ao final de julho.

Estas plataformas não autorizadas como a “Kiwi.com”, “Last Minute.com”, “On The Beach” e “Love Holidays”, entre outros, fornecem à Ryanair dados de clientes falsos, e adicionam nomes de clientes a cartões de crédito “virtuais”, bloqueando os pagamentos de reembolso dos clientes.

Assim, através da nova opção de “Verificação de Cliente”, a companhia acredita que ajudará milhares de clientes que não conseguiram obter o seu reembolso, uma vez que estas agências online ocultam os detalhes de contacto e pagamento, recusando-se a responder aos pedidos de reembolso dos clientes.

A medida chega depois de, nas últimas semanas, a equipa de Atenção ao Cliente da Ryanair ter registado um volume alto de queixas sobre estas agências de viagens online não autorizadas que se recusam a ajudar os clientes da Ryanair.

Diante desta situação, a Ryanair apela a todos os clientes afetados que solicitem o seu reembolso directamente à Ryanair através do novo formulário “Verificação de Cliente”, disponível no site da companhia aérea

O CEO da empresa esclarece que “o processo de reembolso dos milhões de clientes que reservaram directamente com a Ryanair está a evoluir positivamente” mas confessa que não têm tido capacidade para processar todos os pedidos de clientes que reservaram através destas agências não autorizadas, “uma vez que estas utilizam contactos de clientes e detalhes de pagamento falsos/fictícios para reservar em Ryanair.com”.

Eddie Wilson apela portanto que estas práticas, que não defendem os consumidores, devem ser investigadas pelas associações de consumidores e reguladores (CAA & CAR) para garantir que estas agências fornecem dados de contacto precisos, permitindo à Ryanair processar reembolsos, alterações de voos e notificações de viagens.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.