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Ryanair suspende contratos com tripulantes da Crewlink em base dos Açores

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil denuncia esta forma “camuflada” de despedir trabalhadores durante o regime de ‘lay-off’.
19 Junho 2020, 12h10

Os tripulantes de cabine da Crewlink da base aérea de Ponta Delgada, nos Açores, foram informados de que o seu contrato será suspenso no início do próximo mês (a partir de dia 1 de julho), denunciou esta sexta-feira o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

O sindicato refere que os trabalhadores notificados desta empresa, que presta serviços à companhia aérea irlandesa, foram notificados de que não terão lugar em qualquer outra base na qual a transportadora aérea low-cost está presente. Segundo o SNPVAC, esses foram os funcionários não assinaram a proposta de contrato de trabalho “ilegal” da Ryanair nos últimos dias.

Em causa está um documento no qual a companhia aérea terá pretendido que esses trabalhadores “abdicassem dos créditos laborais anteriores a 2018, aceitassem uma redução do seu vencimento abaixo do vencimento mínimo nacional ilíquido, bem como uma autorização prévia para que pudessem ser transferidos para qualquer outra base do mundo em que a companhia opera, sem qualquer compensação para o efeito”.

Ricardo Penarroias, membro da direção do SNPVAC, considera a decisão da Ryanair uma forma “camuflada” de despedir trabalhadores durante o regime de lay-off. “Após semanas de ameaças, a companhia aérea low cost irlandesa, com quatro bases em Portugal, passa das palavras aos atos. Tememos que esta suspensão da prestação de serviços se alastre aos tripulantes de cabine nas mesmas condições nas outras bases em que a Ryanair opera em Portugal, provocando uma dispensa de centenas de trabalhadores”, lamenta o dirigente sindical.

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