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Ryanair investe 177 milhões para abrir base na Madeira (com áudio)

Estão previstas duas aeronaves, 60 novos postos de trabalho diretos, mais de 40 voos semanais a sair da região autónoma, e dez novas rotas.
23 Novembro 2021, 12h47

A Ryanair vai investir 200 milhões de dólares, cerca de 177 milhões de euros, para ter uma base na Madeira. Estão previstas duas aeronaves, 60 novos postos de trabalho diretos, mais de 40 voos semanais a sair da região autónoma, e dez novas rotas.

Das 10 novas rotas cinco serão exclusivas, para o próximo verão, adianta a companhia aérea.

As novas rotas para o verão serão: Bruxelas Charleroi; Dublin; Lisboa; Londres Stansted; Manchester; Marselha; Milão Bergamo; Nuremberga; Paris Beauvais; Porto.

A abertura da nova base da Ryanair na Madeira vem acompanhada de uma campanhas com tarifas a partir de 29,99 euros para o próximo verão.

“Estas tarifas especiais estão disponíveis até quinta-feira, dia 25 de Novembro, em Ryanair.com“, refere a empresa.

A companha diz ainda que vai operar “160 rotas portuguesas no próximo verão (mais do dobro da TAP), para 15 países, fazendo da Ryanair a companhia aérea n.º1 de eleição, tarifas e desempenho de tempo”.

O CEO da Ryanair, Eddie Wilson, refere que o investimento efetuado pela empresa na região “não só impulsionará a economia de Portugal, ao contribuir para o crescimento do turismo regional, como também criará mais de 60 postos de trabalho diretos na região e mais de 400 postos de trabalhos indiretos no local na Madeira”.

Eddie Wilson acrescenta que “operações eficientes e taxas aeroportuárias competitivas constituem a base a partir da qual a Ryanair pode proporcionar um crescimento do tráfego a longo prazo e uma maior conectividade. Trabalhámos de perto com os nossos parceiros no aeroporto da Madeira, Turismo de Portugal e APM para assegurar este crescimento e melhorar os serviços daqueles que vivem, trabalham, ou desejam visitar a região”.

O CEO da companhia aérea salienta que numa altura em que “é possível verificar outras companhias aéreas a reduzirem as suas frotas e a fecharem bases, estamos felizes por continuar a investir tanto nas nossas equipas, como nos aeroportos em Portugal”.

Eddie Wilson diz que a companhia aérea incentiva o Governo Português a fazer o mesmo, “com a abertura do novo aeroporto Lisboa-Montijo, eliminando o imposto de aviação inoportuno (que é um imposto direto sobre o turismo) e introduzindo um esquema de recuperação de tráfego não discriminatório.  Tudo isto poderia ser facilmente financiado com os 3,2 mil milhões de euros de ajuda estatal desperdiçada, concedida à TAP, a pequena companhia aérea ‘zombie’, pelo Governo português”.

Já o CEO da ANA-VINCI, Thierry Ligonnière, diz que o anúncio da Ryanair para o Verão de 2022 “é uma excelente notícia” para a Região Autónoma da Madeira.

“Esta base é o resultado de uma parceria com a Ryanair, a Associação de Promoção Turística da Madeira e a Direção do Turismo de Portugal. Para além de reforçar a parceria existente entre a VINCI e a Ryanair, esta base permitirá, através da abertura de cinco novas rotas em 2022, um aumento significativo da conectividade da Madeira, impulsionando a diversificação dos mercados turísticos, tão importante para a recuperação e crescimento do turismo na região”.

A ANA-VINCI sublinha que A Ryanair opera em onze aeroportos da rede VINCI e “é a segunda maior companhia aérea a operar na rede de aeroportos ANA, sendo a primeira nos aeroportos do Porto e de Faro.

A Ryanair vai passar a operar cinco bases em Portugal: Lisboa, Porto, Faro, Madeira, Ponta Delgada.

A gestora dos aeroportos portuguesa considera que esta nova conectividade “irá contribuir para a diversificação” de mercados emissores e “aumentará a resiliência das variações de mercado, fatores críticos” para o turismo na Madeira.

“Fruto de um trabalho conjunto da ANA e dos seus parceiros na segurança sanitária e na promoção do destino, os aeroportos da Madeira têm apresentado nos últimos meses uma recuperação acima dos valores da rede aeroportos ANA. No verão de 2021, o número de passageiros no aeroporto da Madeira alcançou 67% do tráfego no período homólogo de 2019”, salienta a ANA-VINCI.

Já o secretário regional do Turismo e Cultura e presidente da Associação de Promoção da Madeira, Eduardo Jesus, disse que o reforço da acessibilidade aérea à Região Autónoma da Madeira “é sempre uma boa notícia”, acrescentando que a região passa a contar com “mais oferta de lugares para novas ligações internacionais e para reforço de outras existentes. Este incremento responde às necessidades da população residente e aos propósitos do próprio destino turístico”.

Atualizado às 08:28 com retificação das bases aéreas operadas pela Ryanair em Portugal

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