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Sabe se é um micro-influenciador?

Os micro-influenciadores normalmente são ativados através de ações de relacionamento, e não de contratos pagos. As pessoas confiam mais em outras pessoas do que nas marcas. A estratégia é fazer com que consumidores tenham vontade de comprar por confiarem na recomendação dos seus pares.
7 Setembro 2017, 11h44

“Os micro-influenciadores são pessoas aparentemente comuns, mas capazes de exercer influência num nicho específico. Muitos de nós somos micro-influeciadores e nem damos conta disso. É claro que quando pensamos nas relações desses pequenos influenciadores com as marcas, quanto mais seguidores eles tiverem, melhor”, admite Gui Rios, diretor executivo da SA365, ao Jornal Económico.

“Há uma premissa na publicidade bastante interessante: as pessoas confiam mais em outras pessoas do que nas marcas. Por isso, utilizamos figuras públicas para serem embaixadoras de uma marca durante um determinado tempo. Como os micro-influenciadores são pessoas aparentemente comuns eles geram ainda mais identificação e, consequentemente, mais atenção e engagement. Uma pesquisa recente da Takumi, consultora na área de influenciadores, apontou que os utilizadores de redes sociais com até mil seguidores têm em média 9,7% de engagement, enquanto celebridades com mais de 100 mil seguidores têm 1,7% de engagement. “

“Além das métricas citadas acima, os micro-influenciadores normalmente são ativados através de ações de relacionamento, e não de contratos pagos. Estabelecem relações mais legítimas com as marcas”, refere. Por outro lado, “sem os contratos as marcas perdem um pouco o controlo da comunicação, o que não acontece com os grandes influenciadores e as celebridades. Além disso, normalmente é preciso ativar muitos micro-influenciadores para gerar a mesma audiência de um influenciador. Mas isso é compensado pelo engagement“, explica.

Gui Rios diz que um micro-influenciador deve adotar determinadas estratégias para levar os consumidores ao ato de compra. “Basicamente, a estratégia é fazer com que consumidores tenham vontade de comprar por confiarem na recomendação dos seus pares. Por isso, recorremos muito a uma combinação de produtos e de experiências para os micro-influenciadores das marcas com que trabalhamos”.

As empresas podem utilizar as redes sociais por forma a potenciar o seu negócio. “Com mais da metade da população portuguesa no Facebook, por exemplo, as redes sociais revelam-se o ambiente perfeito para gerar audiência e engagement. É um espaço em que se pode alcançar muita gente, sem abrir mão da atenção das pessoas”.

Da mesma maneira que uma marca também pode obter um melhor engagement com o seu público através das redes sociais. Como? Através de “relevância na comunicação. É preciso estar atento à agenda do consumidor, aos assuntos pelos quais ele mais se interessa e com os quais mais interage, e, finalmente, entender como é que a sua marca pode retirar proveito de tudo isto”.

Gui Rios é sócio diretor da SA365, agência do Grupo E.Life que gere a presença digital de marcas como a Super Bock, Mentos, Fruittella, Chupa Chups e Michelin. Sou, na verdade, um administrador de empresas, com MBA em gestão de projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atua na área do marketing digital desde 2003, e iniciou a carreira na Hewlett-Packard, passando pela editora de tecnologia IDG. Em 2007, assumindo a gestão de projetos da E.Life, empresa líder na monitorização e análise de redes sociais na América Latina. Lá, concebeu e criou a sua agência, que utiliza dados para promover impacto nos negócios dos clientes.

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