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Saiba como os Açores e a Madeira têm controlado a pandemia do novo coronavírus

As regiões autónomas têm fechado protocolos com laboratórios em território nacional para a realização de testes gratuitos ao covid-19, e processados mais testes ao coronavírus, nos seus laboratórios, desde a reabertura dos aeroportos. Açores leva vantagem face à Madeira tanto nos protocolos, com entidades nacionais, como na capacidade de testagem, até final de julho.
11 Agosto 2020, 07h45

A reabertura das infraestruturas aeroportuárias desde 1 de julho e a consequente entrada de mais pessoas através do Aeroportos da Madeira e dos Açores colocou novos desafios no que diz respeito ao controlo da pandemia do coronavírus covid-19. A testagem ao vírus passou a ser um dos temas de maior relevo para a deteção da doença. As regiões autónomas recorreram a medidas idênticas, embora com aplicações distintas, no que diz respeito aos passageiros vindos do território continental.

Os Açores têm uma estratégia mais alargada de testagem a passageiros que decidam viajar para a região relativamente à Madeira. O executivo açoriano tinha, até final de julho, convenções com 34 entidades, 204 postos de colheita, situados em 123 concelhos, para realização de testes gratuitos ao covid-19 em território nacional.

Quem entre nos Açores tem de possuir um teste ao covid-19. Para isso existem várias hipóteses disponíveis. Pode apresentar um teste RT-PCR realizado 72 horas antes do embarque com resultado negativo, realizar o teste à chegada, ou regressar ao destino de origem ou deslocar-se para qualquer destino fora da Região, cumprindo, até à hora do voo, isolamento profilático em hotel indicado para o efeito.

Para quem chegue aos Açores, e tiver uma estadia por sete ou mais dias, deve ao sexto dia após a realização do teste ao covid-19 contactar a autoridade de saúde do concelho em que reside ou está alojado, para a realização de um novo teste ao covid-19.

“O Governo dos Açores decidiu estabelecer convenções com vários laboratórios, apostando numa rede alargada de postos de colheita, de modo a aumentar o número de pessoas que chegam à região com teste negativo, reforçando a segurança de quem está nos Açores e de quem viaja para os Açores. Por um lado, pessoas que façam teste na origem, com resultado positivo, já não viajam, o que contribui para reforçar a segurança de todos. Por outro lado, pessoas que façam teste na origem, com resultado negativo, representam uma garantia de segurança para aqueles que com eles viajam e para aqueles que os acolhem nos Açores”, explica a secretária regional da Saúde, Teresa Machado Luciano, ao Económico Madeira, sobre a estratégia que tem sido adoptada pela região autónoma para os testes ao covid-19.

A governante sublinha que com o alargamento da rede de laboratórios que fazem testes ao coronavírus permite retirar pressão ao Serviço Regional de Saúde, canalizando “recursos para tarefas essenciais” à retoma da atividade assistencial.

“Os Açores possuem equipas de colheitas nos cinco aeroportos da região e ainda dois laboratórios de referência da região a trabalhar 24 horas por dia. Entre 1 e 15 de julho, a Região fez uma média diária de 897 análises nos seus dois laboratórios de referência. O preço base da convenção para os testes de despiste ao vírus SARS-CoV-2 pela metodologia RT-PCR é de 87,95 euros”, refere a secretária regional da Saúde dos Açores.

A governante reforça que é solicitado aos passageiros que façam teste na origem, com resultado negativo, “que mantenham uma conduta responsável, até ao início da viagem, adotando as medidas de prevenção e contenção recomendadas pelas autoridades de saúde”, em que se inclui “evitar espaços com aglomeração de pessoas, utilizar máscara, privilegiar o distanciamento físico, lavar frequentemente as mãos e adotar medidas de etiqueta respiratória”.

Os passageiros que façam teste à chegada têm de aguardar pelo resultado em isolamento, enquanto que aqueles que desembarcarem nos Açores com teste negativo podem seguir o seu caminho.

Até 10 de agosto os Açores tinha identificados 181 casos positivos de infeção por coronavírus, de acordo com os dados da Direção Geral da Saúde (DGS).

Madeira tem protocolos com sete laboratórios para realização de testes gratuitos em território nacional

A Madeira neste momento possui protocolos com sete laboratórios, dois em Lisboa (Centro de Estudos de Doenças Crónicas (CEDOC) e LUMILABO), um em Coimbra (Laboratórios da Universidade de Coimbra, mas recolha pode ser feita em centros de saúde ou Universidade de Coimbra), um no Porto (ADC Porto Ocidental), um em Vila Real (ADC Vila Real), um em Barcelos (ADC Barcelos), e outro no Algarve, que permitem a realização de testes gratuitos a passageiros que se desloquem à região autónoma.

A 1 de julho a Madeira só tinha protocolo com o CEDOC para a realização de testes gratuitos ao covid-19 para quem viajasse para a região autónoma.

Estes protocolos permitiram que desde 13 de julho se faça testes gratuitos em Coimbra, e no Porto desde 21 de julho.

O protocolo com o segundo laboratório em Lisboa, o LUMILABO, permite fazer testes gratuitos ao covid-19 desde 3 de agosto, enquanto que o do Algarve, como avançou o Diário de Notícias da Madeira, e confirmado pelo Económico Madeira, junto da Secretaria Regional da Saúde, foi revelado a 7 de agosto.

O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, já tinha admitido a possibilidade de realização de testes ao covid-19 nos destinos de origem.

A 4 de agosto o líder do executivo madeirense dizia que a Madeira estava a realizar contactos de modo a permitir aos passageiros dos mercados europeus, como a Alemanha e a Inglaterra, realizarem testes na origem.

“Estamos a fazer as diligências nesses países emissores, é mais difícil em termos de contratação pública e em termos de preços acessíveis, mas continuamos a fazer essas diligências”, salientou.

No caso de um passageiro chegar à Madeira sem um teste ao covid-19 pode realiza-lo nos aeroportos da Madeira na chegada.

Desde 1 de agosto que a Madeira implementou o uso obrigatório de máscara, quer ao ar livre como em espaços cobertos.

Até 10 de agosto a Madeira já tinha confirmados 124 casos positivos de covid-19, 24 estão ativos, e 100 dados como recuperados, de acordo com os dados do Instituto da Administração da Saúde da Região Autónoma da Madeira.

Testagem ao covid-19 acelera na Madeira e Açores com reabertura dos aeroportos

Os Açores realizaram entre 2 de março e 30 de junho 35.099 testes ao covid-19, nos dois laboratórios destinados para o efeito localizados na região autónoma. Contudo desde 1 de julho, data de reabertura dos aeroportos, até 31 de julho foram processadas 29.856 testes.

A Madeira seguiu uma estratégia semelhante à dos Açores. Até 30 de junho foram processadas 22.777 amostras no Laboratório de Patologia Clínica do Serviço Regional de Saúde (SESARAM).

Mas entre 1 de julho, data de reabertura dos aeroportos da região autónoma, e 31 de julho o laboratório da Região Autónoma da Madeira contabilizou 21.007 amostras.

atualizado – 14h51 – correcção – numa versão anterior do texto foi dito de forma errada ‘A governante reforça que é solicitado aos passageiros que façam teste nos destinos de origem’ – a versão correta é A governante reforça que é solicitado aos passageiros que façam teste na origem, com resultado negativo, “que mantenham uma conduta responsável, até ao início da viagem, adotando as medidas de prevenção e contenção recomendadas pelas autoridades de saúde”, em que se inclui “evitar espaços com aglomeração de pessoas, utilizar máscara, privilegiar o distanciamento físico, lavar frequentemente as mãos e adotar medidas de etiqueta respiratória”.

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