O diretor de campanha de Rui Rio, Salvador Malheiro, Salvador Malheiro, disse nesta segunda-feira, antes de formalizar a recandidatura do atual líder social-democrata às diretas para a presidência do PSD, que o “bom-senso vai prevalecer” na elaboração das listas de deputados do partido para as legislativas de 30 de janeiro de 2022. E que, depois das eleições internas marcadas para o próximo sábado, 27 de novembro, “o partido vai mobilizar-se de forma unida”.
No entanto, o também atual vice-presidente do PSD voltou a dizer que o processo de escolha dos futuros parlamentares é uma competência da atual Comissão Política Nacional, que estará em funções até ao congresso que decorrerá em Lisboa a 17, 18 e 19 de dezembro, terminando num domingo que é a véspera da data-limite para a entrega das listas de deputados nos diversos círculos eleitorais.
Na entrega da moção “Governar Portugal ao Centro”, em que Rui Rio contou com a subscrição de mais de 1.700 dos 46 mil militantes sociais-democratas em condições de votar neste sábado – com o atual presidente a ser desafiado pelo eurodeputado Paulo Rangel e ainda pelo agente cultural Nuno Miguel Henriques -, Salvador Malheiro mostrou-se confiante com a manutenção de Rio à frente do PSD.
“O universo eleitoral não tem a ver com dirigente distritais, concelhios e de núcleos”, disse o vice-presidente do PSD e presidente da Câmara de Ovar, acrescentando que “todos os votos são decisivos e todos os militantes de base têm o mesmo peso que um dirigente”.
Para Salvador Malheiro houve uma “mobilização forte nas últimas semanas”, mas a redução do número de militantes em condições de escolher o próximo líder social-democrata mostra que “muitos não compreendem que existam eleições internas neste momento”. E ainda que um dos fatores que beneficiam Rui Rio nas diretas é a confiança que os militantes nele depositam para ser o próximo primeiro-ministro de Portugal.
Respondendo a perguntas sobre as “linhas vermelhas” que um PSD novamente liderado por Rui Rio – que se encontra na Madeira em contactos com militantes, como anunciou que faria quando disse que se excluiria da campanha para as diretas – terá na governação, o seu diretor de campanha escusou-se a falar de entendimentos à esquerda ou à direita, preferindo realçar que “Portugal precisa de ser libertado da extrema-esquerda que tanto tem coartado a dinâmica da nossa economia”.
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