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Samsung controla trono global das vendas de smartphones

A sul-coreana Samsung manteve o primeiro lugar de entregas de smartphones, mas os analistas apontam-lhe cautela e dizem que os seus concorrentes estão a ganhar terreno.
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4 Novembro 2024, 14h39

A Samsung continua a ser a rainha das entregas de smartphones. Esta é a conclusão do mais recente estudo do Canalys, que evidenciou uma subida geral de entrega de telemóveis de 5% em termos anuais no terceiro trimestre do ano.

No entanto, a fabricante sul-coreana deve acautelar-se. Apesar de ter entregue 57,5 milhões de smartphones entre julho e setembro, as outras fabricantes aproximam-se a largos passos: a Apple transportou 54,5 milhões de smartphones, conseguindo o segundo lugar, enquanto a Xiaomi entregou 42,8 milhões de unidades.

O mercado de smartphones encerrou o terceiro trimestre com 309,9 milhões de unidades entregues, sendo este o melhor desempenho do trimestre em questão desde 2021. Indica a análise do Canalys que este aumento se deveu aos “lançamentos agressivos das marcas, que oferecem portefólios atualizados com fortes propostas de valor e um sentimento robusto por parte do consumidor”.

A vitória da Samsung deveu-se ao reforço da linha Galaxy, que consistiu no lançamento do Flip6 e Fold6, bem como relógios e anel inteligente. Já a Apple conseguiu o segundo lugar por conta do iPhone 16, que embora as vendas iniciais tenham ficado aquém das expectativas, as diferenças entre os modelos básico e Pro atraíram os consumidores.

“A Apple alcançou entregas recordes no terceiro trimestre, impulsionadas por uma combinação estratégica de otimização de canal e da cadeia de abastecimento”, apontou o analista Le Xuan Chiew, do Canalys. A entrega foi também motivada por uma maior procura de modelos de gerações anteriores ao novo iPhone, como o 13 e 15.

No entanto, o mesmo analista deixa um recado: o atraso na implementação do Apple Intelligence pode vir a prejudicar substancialmente o desempenho da Apple no quarto trimestre e no arranque do próximo ano.

Já a Xiaomi assumiu o terceiro lugar, com uma quota de mercado na ordem dos 14%, beneficiando dos vários lançamentos dos smartphones ao longo do ano. O crescimento da Xiaomi chega numa altura em que a fabricante de origem chinesa se foca no mercado premium, a preços mais acessíveis, além de estar a alavancar a presença em mais lojas.

A Oppo e a Vivo terminaram entre os cinco primeiros lugares, com vendas de 28,6 milhões e 27,2 milhões de unidades, respetivamente. Foi a região Ásia-Pacífico que permitiu um desempenho competitivo destas duas marcas.

“A intensa concorrência no mercado de baixo preço manteve-se, apresentar de um forte primeiro semestre impulsionado pela procura robusta do consumidor e condições económicas favoráveis”, sustenta, por sua vez, o analista Toby Zhu. Exemplo disso, sustenta, foi a Oppo ter lançado a série A3, que lhe permitiu um crescimento homólogo de 30% no Sudeste Asiático, e quer aumentar a sua participação no mercado.

Numa análise mais completa, é possível perceber que a Xiaomi manteve a mesma participação de mercado (14%), sendo que a Samsung perdeu ligeiramente ao passar de 20% para 19% e a Apple ganhou ao passar de 17% em 2023 para 18% em 2024.

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