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Santander Totta aponta que redução do risco do balanço justifica melhoria do rating

O Banco Santander Totta comentou em comunicado o facto de a agência de notação financeira Moody’s ter melhorado a notação de risco dos depósitos, de A3 para A2, acima da notação atribuída à República Portuguesa e de ter melhorado a perspectiva do banco para rating no futuro.
Cristina Bernardo
22 Novembro 2023, 18h56

O Banco Santander Totta comentou em comunicado o facto de a agência de notação financeira Moody’s ter melhorado a notação de risco dos depósitos, de A3 para A2, acima da notação atribuída à República Portuguesa e de ter melhorado a perspectiva do banco para rating no futuro.

O outlook passou de “positivo” para “estável”.

A notação atribuída às obrigações cobertas foi elevada em dois níveis, de Aa2 para Aaa, “beneficiando da revisão em alta do risco de contraparte (Counterparty Risk Assessment), de A2(cr) para “A3(cr)”, refere o banco.

A decisão decorre da melhoria da notação atribuída à República Portuguesa, em dois níveis, para A3, que elevou os limites aplicáveis aos depósitos (de até dois níveis acima da notação do soberano) e removeu o limite aplicável às obrigações cobertas.

“A afirmação do BCA baa2 do Banco Santander Totta reflete a melhoria das suas métricas de risco de ativos após uma redução considerável do risco do balanço, elevados níveis de capital e sólida rentabilidade recorrente”, refere a Moody’s.

No final de junho de 2023, o rácio NPA (ativos improdutivos) do grupo diminuiu para 3,7%, abaixo dos 4,3% do ano anterior. O rácio de capital tangível (TCE) do banco situou-se em 18,9%, embora a Moody’s espere que diminua principalmente como resultado do pagamento de dividendos à sua empresa-mãe espanhola de 1,2% no final de junho de 2023.

“A subida do rating dos depósitos de longo prazo do banco de A3 para A2 e a afirmação dos ratings do seu programa sénior sem garantia em (P)Baa1 reflectem a afirmação do BCA do banco em baa2; uma elevada probabilidade de apoio por parte do Banco Santander(Espanha) o que resulta num degrau de elevação no BCA Ajustado(baa1); e o resultado da análise LGF avançada da Moody’s que leva a dois níveis de elevação da notação para os ratings de depósito e em nenhuma elevação adicional para os ratings do programa sénior sem garantia”, refere a Moody’s.

A elevação do rating dos títulos do governo português para A3 retirou a restrição do rating dos depósitos do Banco Santander Totta dado que o rating de um banco normalmente não excede o rating soberano em mais de dois níveis de acordo com a metodologia da Moody’s Banks.

O banco liderado por Pedro Castro e Almeida destaca ainda o facto de a agência também ter reafirmado “a notação do programa de emissões sénior não garantidas (senior unsecured programme) do banco em ‘Baa1’ que havia sido atribuída em maio passado, quando da elevação, em um nível, do Baseline Credit Assessment (BCA), para ‘baa2’, e do Adjusted BCA, para ‘baa1’, refletindo a qualidade dos ativos, os elevados níveis de solvência e a melhoria da rendibilidade recorrente do Santander Portugal”.

A afirmação do BCA baa2 do BST reflecte a melhoria das suas métricas de risco de activos após uma redução considerável do risco do balanço, elevados níveis de capital e sólida rentabilidade recorrente. No final de Junho de 2023, o rácio NPA do grupo diminuiu para 3,7%, abaixo dos 4,3% do ano anterior. O rácio TCE do banco situou-se em 18,9%, embora a Moody’s espere que diminua principalmente como resultado do pagamento de dividendos à sua empresa-mãe espanhola. A rentabilidade do grupo é sólida, com um rácio de rendimento líquido sobre ativos tangíveis de 1,2% no final de junho de 2023.

A Moody’s acredita que é improvável uma melhoria adicional, uma vez que os benefícios da actual reavaliação dos empréstimos a taxas flutuantes serão amplamente compensados pelo aumento do custo dos depósitos, do custo do risco e dos custos operacionais.

 

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