“Santarém é longe”. A frase foi proferida esta terça-feira por João Galamba, no evento “CNN Summit”, numa consideração a propósito da solução Santarém para o novo aeroporto de Lisboa. Esta quarta-feira, em sede da Comissão da Economia, o ministro das Infraestruturas reafirmou essa avaliação mas realçou que essa afirmação não vai condicionar em nada a avaliação da Comissão Técnica Independente (CTI).
Confrontado pelo deputado do PSD, Paulo Rios de Oliveira, o governante destacou que “oitenta quilómetros é longe de Lisboa mas em nada isso condiciona o trabalho da CTI”: “Não vejo como é que as minhas declarações condicionam essa avaliação. Quando sair esse relatório, esse relatório não vai dizer que Santarém é perto de Lisboa. Isso não significa que o novo aeroporto não possa ser construído em Santarém”.
Destacou João Galamba que a CTI mantém o mesmo mandato (foi constituída para analisar as várias soluções para propor ao Governo a escolha da localização do novo aeroporto de Lisboa) e que “nenhuma declaração” do ministro “irá condicionar essa situação”.
João Galamba garantiu esta terça-feira no âmbito da “CNN Summit” que Lisboa vai ter a Portela como aeroporto durante pelo menos doze anos e coloca a possibilidade de que este período se possa estender em função das decisões que forem tomadas.
Questionado sobre o processo de escolha do novo aeroporto de Lisboa, o ministro das Infraestruturas reconhece que a capital ainda vai ter a Portela como referência durante muitos anos: “Vamos viver com a Portela durante muitos anos. Não sei se dez ou doze anos. Até poderão ser mais dependendo das decisões que serão tomadas”.
E para quando se pode esperar uma decisão referente à nova solução? Na “CNN Summit”, o governante traça uma data que considera aceitável para que haja uma decisão: “Contamos ter a decisão tomada dentro do tempo previsto e portanto, contamos ter a decisão tomada no primeiro semestre de 2024, o mais cedo possível dentro desse período”.
No entender do ministro, e sobre o tema referente à decisão sobre o novo aeroporto, “o que importa é que haja uma solução devidamente estudada e reconhecida pelos principais partidos e recolha amplo consenso”. Relativamente ao trabalho da Comissão Técnica Independente, formada para estudar as várias propostas, João Galamba garante que foram dadas todas as condições para que faça o seu trabalho.
Sete localizações e nove opções estratégicas foram as escolhas anunciadas no final de abril pela Comissão Técnica Independente (CTI) para a possível localização do novo aeroporto de Lisboa. No entanto, a última palavra caberá sempre ao Governo. Das 17 opções que estavam em estudo, vão ser alvo de estudos mais aprofundados as cinco propostas pela resolução do Conselho de Ministros mais quatro opções que foram adicionadas pela CTI.
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