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Santos Populares? Rui Rio prefere “sacrifício” de não realizar do que “estragar” combate à Covid-19 (com áudio)

O presidente do PSD considera que “mais vale fazer o sacrifício” de não realizar o Santo António e o São João este ano, tal como aconteceu no ano passado, do que estragar tudo numa só noite e prejudicar o relançamento da economia.
  • Cristina Bernardo
1 Junho 2021, 13h02

O Partido Social Democrata (PSD) defendeu esta terça-feira que ainda “não há condições” para festejar os Santos Populares este ano, devido à pandemia da Covid-19. O presidente do PSD, Rui Rio, considera que “mais vale fazer o sacrifício” de não realizar o Santo António e o São João este ano, tal como aconteceu no ano passado, do que estragar tudo numa só noite e prejudicar o relançamento da economia.

“Infelizmente, não há condições para festejar os Santos Populares nos termos em que estamos habituados, porque são aglomerados e aglomerados de pessoas. Mais vale fazermos o sacrifício de não termos o Santo António e o São João e conseguirmos controlar a pandemia, do que numa noite ou duas estragar tudo”, referiu Rui Rio, no final de uma visita ao centro de acolhimento ‘Ajuda de Berço’, em Lisboa.

Acompanhado pelo candidato social-democrata à Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, o líder do PSD insistiu que o foco deve estar em ajudar a economia e que isso implica “conseguir regressar à normalidade o mais rapidamente possível”. “Não é a faturação em 24 ou 48 horas, que pode até significar prejuízos adicionais no futuro [que vai ajudar na recuperação da economia]”, vincou.

Após a Câmara do Porto ter apresentado um plano para a realização do São João (com várias restrições), Rui Rio referiu também que a eventual realização dos Santos Populares deve ser “estruturada e com pés e cabeça” para se evitar situações como a deste fim de semana, no Porto, com a final da Liga dos Campeões.

“Em Portugal, os estádios estiveram vazios desde março de 2020 e, portanto, não é justo que possa haver um jogo, que não é com equipas portuguesas nem público português, com um estatuto diferente. A realização da final da Liga dos Campeões em Portugal, sim, desde que não tivesse público”, reiterou, depois de ter dito que o Governo e Câmara do Porto “deviam pedir desculpa aos portugueses” pelo que aconteceu.

Para Rui Rio, em causa está uma questão não só de “equidade”, mas também “uma questão de lógica”. “Se os jogos de futebol não podem ter ninguém, então não podem ter ninguém, independentemente de serem da primeira divisão ou não. É um objetivo de carácter sanitário e de dever das populações”, frisou.

O presidente do PSD afirmou ainda que não percebeu “muito bem o que o Governo quer para as praias”, quanto ao uso de máscara. “Quando andamos nisto, altamente limitativo do que vai ser o descanso das pessoas na praia, ou mesmo tempo assiste-se ao que se assistiu no Porto. Pior ainda, já se tinha assistido a uma ameaça em Lisboa, com os festejos do Sporting, e devíamos ter aprendido com isso. Mas não aprendemos nada”, concluiu.

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