O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, decidiu prolongar o prazo de funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP para que sejam realizadas todas as audições acordadas.
“A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, prorrogar o prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP SGPS e da TAP, S.A., por 60 dias, para que seja possível realizar todas as audições requeridas e acordadas, com vista à conclusão do inquérito e subsequente elaboração do relatório”, lê-se na resolução publicada em Diário da República.
De relembrar que a CPI à TAP começou devido à indemnização milionária atribuída à ex-administradora Alexandra Reis, que foi ouvida pela comissão e admitiu estar à espera que a companhia aérea calculasse o valor que esta tinha de devolver. Sabe-se que esse valor já foi apurado e Alexandra Reis ficará com 131 mil euros dos 500 mil que lhe foram pagos.
Entretanto, a CPI alargou-se ao ministro João Galamba, ao assessor Frederico Pinheiro, à chefe de gabinete de Galamba (Eugénia Correia) e ao SIS (Serviço de Informações de Segurança) após uma reunião do PS que envolveu a ex-CEO da companhia e nota tiradas pelo assessor, que terão levado a agressões dentro do Ministério das Infraestruturas e alegado roubo de um computador com informações privilegiadas que levaram ao acionamento das secretas.
Ainda no âmbito das audições originais, a CPI vai ouvir, esta semana, Miguel Cruz, na qualidade de ex-Secretário de Estado do Tesouro (30 de maio), Pedro Marques, na qualidade de ex-ministro das Infraestruturas (31 de maio), Sérgio Monteiro, na qualidade ex-Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações (1 de junho) e João Nuno Mendes, na qualidade ex-Secretário de Estado das Finanças e ex- Secretário de Estado do Tesouro (2 de junho).
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