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“São erros a mais. Andámos oito meses a discutir se as máscaras são boas ou não”: Rui Moreira critica DGS

Para o governante, a DGS tem “uma comunicação catatónica, muito virada para o número e para os números e ainda por cima números que invariavelmente estão mal”. 
Lusa
10 Novembro 2020, 11h02

O presidente da câmara municipal do Porto, Rui Moreira, criticou os responsáveis pela Direção Geral de Saúde (DGS) e sublinhou os erros “a mais” que têm sido cometidos.

“Não posso falar dos ministros porque relativamente aos ministros, é um processo democrático, eles são uma emanação num processo democrático. Agora, a nível da Direção Geral de Saúde, eu peço desculpa, são erros a mais”, referiu Rui Moreira, no programa polígrafo da “SIC Notícias”, destacando que “andamos oito meses a discutir se as máscaras são boas ou não”.

Na lista de erros, o autarca do Porto sublinhou ainda a ausência da recomendação dos testes rápido. “Pareceu-me ouvir hoje que os testes rápidos que algumas pessoas querem fazer não são recomendados pela Direção Geral de Saúde”, apontou Rui Moreira.

Na segunda-feira, 9 de novembro, a diretora-geral de Saúde, Graça Freitas admitiu que as “pessoas não devem tomar iniciativa de testagem sem prescrição médica”, durante a habitual conferência de imprensa da atualização da situação epidemiológica. “Portugal testa muito e testa desde o início”, garantiu.

Para o governante, a DGS tem “uma comunicação catatónica, muito virada para o número e para os números e ainda por cima números que invariavelmente estão mal”.

Além das criticas à comunicação, Rui Moreira enalteceu as “conferências de imprensa que cansam toda a gente, cansam os próprios que estão a fazer a conferência de imprensa”. “Parece que a única coisa que se discute são números e depois mensagens completamente obtusas”, assegurou.

Quanto à atuação das câmaras municipais, nos meses marcados pela pandemia, Rui Moreira disse que “apesar de tudo o municipalismo tem conseguido muitas vezes neste tempo, conseguiu em março e abril e tem conseguido, ultimamente também, suprir muitas das carências que tem havido a nível da administração central a nível do governo e principalmente a nível da DGS”.

 

 

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