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Saudi Telecom. Quem são os sauditas que se tornaram os maiores acionistas da Telefónica

O grupo colocou em cima da mesa 2,1 mil milhões para adquirir uma participação de 9,9%, mas falta a provação do governo espanhol. O STC tem 170 milhões de clientes, mas importa perceber onde está presente e qual o seu peso nos mercados.
Saudi Telecom
REUTERS/Albert Gea
6 Setembro 2023, 12h12

O STC, grupo de telecomunicações saudita que adquiriu 9,9% da Telefónica por 2,1 mil milhões de euros (negócio anunciado na noite de terça-feira) e passa a ser o maior acionista da operadora espanhola. Os sauditas fazem mais um negócio nos mercados europeus numa altura em que já estão amplamente espalhados pelo Médio Oriente e norte de África.

Sauditas adquirem participação de 9,9% na espanhola Telefónica

De acordo com o diário espanhol “El Economista”, o grupo tem uma base de 170 milhões de clientes. O STC tem a sua sede, em Riade, Arábia Saudita, além de estar presente noutros dez países, entre os quais Bulgária, Croácia e Eslovénia.

De resto, já não é a primeira vez que o grupo de telecomunicações aposta em Espanha, sendo que desde 2019 tem um contrato de patrocínio com o Real Madrid, clube que se destaca pelo sucesso no futebol, onde é o clube que por mais vezes venceu a Liga dos Campeões (em 13 ocasiões).

O STC passa a ser o maior acionista da Telefónica, sendo que as participações estão dividos por muitos grupos. Os que mais se aproximam, em termos de números, são o BBVA, com 4,87%, e a BlackRock, em 4,48%.

Detido em 64% pelo fundo de investimento soberano de Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, tem uma capitalização em bolsa de 49,2 mil milhões de euros, o que representa mais do dobro do valor correspondente à Telefónica (21,3 mil milhões).

O negócio está a resultar numa subida de 3,5% da cotação em bolsa da Telefónica, que está cotada no principal índice de Madrid, o IBEX 35. Os títulos valem agora 3,78 euros.

Ainda assim, o negócio está dependente do chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, que pretende que a posição do STC na Telefónica seja limitada a 4,9%, ao invés de 9,9%.

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